Com dramaturgia de Mica Ella Cimet e direção de Beatriz Miranda, estreia é no dia 1º de julho, à s 21h, a peça “A Mãe Morta“. A temporada vai até 24 de julho, com sessões sextas e sábados, à s 21h, e domingo, à s 20h, no Centro Cultural São Paulo – CCSP. O espetáculo é uma jornada de quase 100 anos, que se passa na Ucrânia, México e Brasil envolvendo camadas em relação à famÃlia, religião e identidade de gênero.
Com elenco formado por Alexandre Nascimento, Bea Lerner, Bruli Maria, Cora Valentini, Fabiana Fields, Gustavo Merighi, Laerte Mello, Lucas Itri, Luciana Schwinden e Sofia Riccardi, a peça conta a história de Paloma, uma mulher, imigrante judia, mãe e professora. A morte iminente da matriarca faz com que seus filhos se reencontrem promovendo um mergulho nas relações familiares dentro de um universo especÃfico, mas que perpassa diversas pessoas.
A história apresenta duas imagens contraditórias da mesma personagem: a mãe, não muito amada pelos filhos, e a professora venerada pelos alunos. Para a criação dramatúrgica, Mica Ella Cimet se inspirou na própria vida. “Os intercâmbios entre alunos e filhos vão imediatamente apresentando duas imagens contraditórias da mesma personagem: a mãe é vista como rÃgida, ignorante, egocêntrica, insensÃvel e narcisista; já a professora é percebida como criativa, apaixonada pelo conhecimento, amorosa. Como um corpo biológico pode ocupar duas pessoas completamente diferentes? Existe uma energia feminina na peça em um contexto de entender a mãe, que é um enigma“, pontua Mica.
Para acompanhar a jornada de Paloma, a encenação também observa a atmosfera migratória dos personagens e a fragmentação das lembranças. A escolha do espaço cênico remete aos caminhos realizados por essa famÃlia. O figurino é atemporal e exprime as caracterÃsticas dos espaços onde passam as personagens. Na música, tem a presença do nigum, cantigas judaicas para promover estados de alegrias.
“Existem muitas transformações de tempo e espaço nesta trajetória. É como se fosse um museu de memórias, onde as pessoas podem visualizar por ângulos e jeitos diferentes. É uma maneira de ficar realmente dentro da história. As projeções e os véus dão um caráter mais onÃrico para a encenação“, ressalta a diretora.
“É um olhar sobre os papéis masculinos e femininos em uma sociedade, das filhas que brigam entre si, toca na ancestralidade, maternidade, questiona a teoria de que o amor de mãe é incondicional. A questão do machismo, patriarcado, são muitas camadas e pautas que estão povoando a história desta famÃlia”, enfatiza Beatriz Miranda.
Serviço
O que: Espetáculo “A Mãe Morta“;
Onde: Centro Cultural São Paulo – CCSP – Sala Espaço Missão e Anexo da Adoniran.
Rua Vergueiro, 1000 – ParaÃso/SP;
Temporada: De 1 a 24 de julho de 2022. Sextas e sábados, às 21h, e domingo, às 20h.
Duração: 90 minutos. Classe indicativa: 16 anos. Capacidade: 60 lugares.
*Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia). Pessoas trans terão entrada gratuita no espetáculo.
*Os ingressos estarão disponÃveis para a compra na bilheteria do CCSP, uma hora antes da apresentação. Para retirá-los, será necessário apresentar o comprovante de vacinação da Covid-19 (fÃsico ou digital), com no mÃnimo duas doses.