A cabo Allanis Costa foi afastada da Marinha, depois de, com coragem e coerência, ter informado a seus superiores sobre a transição de gênero.
Imediatamente, entrou em licença médica, que foi sendo renovada durante seis anos, apesar de se encontrar em perfeita forma fÃsica.
Na ativa desde 2010, foi promovida a cabo em 2015 e continuou a usar uniforme e nome masculinos.
Ela não pode ser entrevistada por ser militar, mas sua advogada afirmou, em conversa com o site G1:
“A Marinha colocou Allanis de licença e seguiu renovando. Quando chegou a dois anos sem ter alta, foi reformada por pura discriminação, sem que tivesse doença nenhuma. Alegaram doença mental, mas ser transexual não é considerado ter doença mental. Houve ilegalidade tanto em colocá-la de licença, quanto na reforma”.
A decisão da juÃza Ana Carolina de Carvalho, da 1a Vara Federal de Magé – RJ, a reintegra ao serviço ativo como Operadora de Sonar, com os devidos reajustes financeiros, torna obrigatório o uso do nome social, concede dispensa do corte de cabelo e permite o uso de maquiagem.
Allanis está apta para participar do próximo exame de admissão ao Curso de Formação de Sargentos.
Um desrespeito da decisão e descumprimento do devido prazo de dez dias tem multa diária de 5 mi reais.