OMS aconselha que homens gays reduzam o número de parceiros para não contraírem varíola dos macacos

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O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus aconselhou que os homens que fazem sexo com homens reduzam o número de parceiros para diminuir o risco de exposição a varíola dos macacos (Monkeypox). A fala foi feita na última quarta-feira, dia 27 de julho.

“A melhor maneira de fazer isso é reduzir o risco de exposição. Isso significa fazer escolhas seguras para você e para os outros. Para homens que fazem sexo com homens, isso inclui, no momento, reduzir o número de parceiros sexuais, reconsiderar o sexo com novos parceiros e trocar detalhes de contato com novos parceiros para permitir o acompanhamento, se necessário”, disse Tedros.

Ghebreyesus também diz que 98% dos casos diagnosticados no mundo estão relacionados aos homens que tem relações sexuais com outros homens, mas enfatiza que qualquer pessoa exposta pode pegar a varíola dos macacos.

“O foco para todos os países deve ser engajar e capacitar as comunidades de homens que fazem sexo com homens para reduzir o risco de infecção e transmissão posterior, prestar cuidados aos infectados e salvaguardar os direitos humanos e a dignidade”, disse, acrescentando que, além do contato sexual, a varíola dos macacos pode se espalhar por meio do contato próximo entre as pessoas, como abraços e beijos, e em toalhas e roupas contaminadas.

OMS aconselha que homens gays reduzam o número de parceiros para não contraírem varíola dos macacos
Reprodução

Tedros também explica que ainda não há uma vacina específica contra a doença, mas que as vacinas desenvolvidas para a varíola humana ajudam a proteger contra ela. Apesar disso, há três em período de testes: uma no Canadá, outra dos Estados Unidos em parceria com a União Europeia, e uma terceira vinda do Japão, sendo a única que pode ser aplicada em crianças.

“No entanto, ainda não temos dados sobre a eficácia das vacinas contra a varíola dos macacos ou quantas doses podem ser necessárias”, disse Tedros.

O diretor da OMS também disse que não recomenda que haja uma vacinação em massa contra a varíola dos macacos, mas que ela seja direcionada as pessoas expostas a alguém com varíola dos macacos e para quem tem um alto risco de exposição, como profissionais de saúde, trabalhadores de laboratório e pessoas com vários parceiros.

“Isso significa que os vacinados devem continuar a tomar medidas para se proteger, evitando contato próximo, incluindo sexo, com outras pessoas que têm ou correm o risco de ter varíola dos macacos”, disse.

Há cerca de 16 milhões de doses da vacina MVA-BN em todo o mundo, só que a maioria está em forma “a granel”, o que significa que levaria vários meses para envasar as doses e disponibilizá-las para uso.

“Vários países com casos de varíola dos macacos garantiram suprimentos da vacina MVA-BN, e a OMS está em contato com outros países para entender suas necessidades de suprimento. A OMS urge aos países com vacinas contra a varíola dos macacos que compartilhem com os países que não têm”, finaliza.

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