Roberta Miranda quer mais diversidade no sertanejo: “É a vez do pessoal LGBT”

A cantora Roberta Miranda (66) fez uma participação especial no programa “Caldeirão com Mion” no último sábado, dia 1 de abril. Pansexual e precursora do “feminejo”, a artista defende que há uma necessidade de ter mais LGBTQIA+ dentro do sertanejo.

“Por que não agora é [a vez do] o pessoal LGBTQIA+? Está faltando isso para o mundo sertanejo. Vamos! Nós temos [LGBTQIA+] no pop, em outros gêneros… Venham para o mundo sertanejo! A Roberta está aqui para abraçar vocês”, disse.

Quanto ao pioneirismo em ser uma mulher cantando sertanejo, Roberta Miranda diz: “Pensando nestas meninas, em talentos que eu adoro, Marília Mendonça, Maiara & Maraísa, e tantas outras… Naquele tempo, eu lutei tanto para a mulher entrar no mundo sertanejo, um mundo machista, e, hoje, as mulheres estão aí, se sobressaindo”.

Já a revelação quanto a sua sexualidade veio em agosto de 2022, quando a cantora concedeu uma entrevista ao Leo Dias, brincando que é “trissexual“.

“Eu tenho um juramento no leito de minha mãe, e é algo que eu preciso quebrar. É um assunto que me pega muito”, contou a cantora na época.

“Pais e irmãos foram impiedosos comigo, então eu não sabia por onde correr e o que fazer. Não sei se meu negócio é menino, menina, travesti. Namorei até uma travesti, era uma maravilha. Eu tinha o completo: metade mulher e metade homem. A gente se apaixonou, mas eu era muito neném”, acrescentou.

Nesse contexto, Leo Dias questionou se ela era bissexual, foi quando ela revelou o termo “trissexualidade“. “É… bissexualidade. Brinco dizendo que eu sou trissexual. Quem come de tudo não passa vontade”, brincou.

“Foi uma experiência linda [o namoro com a travesti]. Minha mãe nunca me viu com mulheres, e ela também não entendia. Os meninos que eu namorava eram recebidos dessa forma muito rude e eles sempre se afastavam”, finalizou.