A artista Lorna Washington (61), famosa pelas suas apresentações como transformista durante as décadas de 1980 e 1990, publicou um vÃdeo no Instagram no último dia 23 de abril, Dia de São Jorge, passeando no Centro do Rio ao lado dos amigos Almir França e Denilson Vieira, mostrando que está se recuperando das complicações de um quadro de insuficiência renal que a levou a ficar internada em junho do ano passado.
“Hoje à tarde passando pelo Centro da Cidade com Almir e Denilson, vimos as comemorações de São Jorge e resolvemos parar para assistir à missa, conclusão, tomamos até um passe”, escreveu Lorna.
Em entrevista ao Gay Blog BR em março de 2021, Lorna Washington comentou sua opinião sobre as diferenças do cenários LGBTQIA+ do passado e do presente.
“Sim, nós já vivemos dias melhores. Nós já tivemos, no Rio, várias casas noturnas: no centro da cidade, na zona norte, na zona sul, tinha-se muito trabalho. SaÃa de uma casa para outra para fazer show. Hoje em dia, nós temos no máximo uma sauna pra fazer; que são poucas, muito poucas. Tem 3 saunas aqui no Rio que ainda estão fazendo espetáculos, mas isso quando você consegue fazer, pois é uma panelinha muito fechada, é muito restrito, são sempre as mesmas.
Antigamente não, você tinha as casas noturnas, boates, os teatros. Fazia-se muito teatro também. Então, hoje em dia, eu sempre digo que sempre houve uma média e de uns tempos pra cá. Essa média caiu e ficou tudo muito medÃocre. Essa semana mesmo que passou, abriu uma casa noturna e foi fechada no dia seguinte. Abriu na quinta-feira e na sexta já fecharam, aà vem uma das sócias que veio de fora do Brasil e fez uma coisa que lá fora, não sei o quê… Mas não tinha uma ‘door’ (recepção com) drag na casa. Não tinha absolutamente nada; um espetáculo, nada.
Eles acham que abrir a casa hoje em dia é só fazer um bom lugar e esquecem que tem que ter uma atração a mais, sempre uma atração a mais para o espetáculo. Sempre foi, não adianta, o que funciona é o espetáculo, não tem jeito. E mesmo assim eles acham que eles são modernÃssimos – e não vejo nenhuma modernidade. Nada, absolutamente nada, muito pelo contrário, tá tudo muito medÃocre.”