Rainha de bateria abertamente bissexual quer ser referência para nova geração

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A Rainha do Carnaval carioca de 2023, Mariana Ribeiro de Oliveira é a primeira pessoa a se revelar bissexual a ocupar esse cargo. Nascida e criada no morro do Tuiuti, a Mari Mola concedeu uma entrevista a Marie Claire contando sua história de luta contra o machismo, homofobia e racismo para chegar ao espaço onde ocupa hoje.

“A bandeira do preconceito racial vem de mãos dadas com o social, né? O fato de eu ser de comunidade foi o que mais pesou na minha caminhada. Fui muito preterida por ser quem sou. O meu samba, mais aguerrido, como é comum nas comunidades, foi apontado como grosseiro, pouco clássico”, contou, acrescentando que também já foi chamada de “exagerada” em diversos momentos. “A palavra exagerada me machuca muito. Acho até que posso ser exagerada, mas é um exagero que vem da entrega, do amor ao samba.”

Quanto ao fato de ser bissexual, ela diz que o preconceito não é tão escancarado devido a sexualização da relação entre duas mulheres. “Eu acredito que não dá para a gente viver atrás das portas e embaixo dos panos para sempre, porque assim não consegue ser feliz”, opina.

Primeira rainha oficialmente bissexual do Carnaval quer ser referência para nova geração
Reprodução

Além disso, ela também recebeu várias mensagens de mulheres do Carnaval que são bissexuais, mas nunca tiveram coragem de expor. “O que me dá mais força é poder talvez ser a primeira assumida. É ser a primeira a colocar a cara a tapa. Mas agora eu me coloquei e talvez tome algumas porradas, mas para que as meninas tenham cada vez mais coragem.”

Mari Mola foi eleita Rainha do Carnaval do Rio de Janeiro em dezembro e, sobre a relação com as demais mulheres da corte, ela descarta qualquer rivalidade. “Competição entre mulheres é algo cafona, ultrapassado”.

“Sou muito feliz em estar em uma corte de pessoas amigas, onde contamos uma com a outra. A gente se liga, se ajuda, empresta figurino. Está sendo muito bonito. A gente está vivendo realmente um sonho”, diz. “Costumo dizer que no céu não brilha só uma estrela, são várias. E o Carnaval é como se fosse o céu, então, tem lugar para todo mundo. A única competição válida é entre 12 escolas de samba”, conclui.

Victor Miller
Victor Millerhttps://gay.blog.br/author/victormiller/
Jornalista formado pela PUC do Rio de Janeiro, dedicou sua vida a falar sobre cultura nerd/geek. Gay desde que se entende por gente, sempre teve desejo de trabalhar com o público LGBT+ e crê que a informação é a a melhor arma contra qualquer tipo de "fobia"

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