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Filipe Catto comemora 10 anos de carreira em noite única no Blue Note SP

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A cantora Filipe Catto se apresenta no próximo dia 30 de março no Blue Note em São Paulo – como parte do projeto Rolling Stone Sessions que mapeia as vozes transformadoras da música contemporânea brasileira e comemora seus 10 anos de estrada.

Após o lançamento do filme que traz o último show da “O Nascimento de Vênus Tour” e do disco ao vivo, a cantora criou um show digital e também presencial – O “Love Catto Live” – em que homenageia artistas que formaram parte de sua identidade musical e que embalou os fãs durante a pandemia.

Com o retorno aos palcos, Filipe Catto agora revê seu repertório em uma noite especial – com dois sets – trazendo sua marca de resiliência e resistência para a arte do Brasil atual e comemorando seus 10 anos de carreira.

Ingressos em: www.eventim.com.br/artist/filipecatto

Filipe Catto comemora 10 anos de carreira em noite única no Blue Note SP
Divulgação

BIOGRAFIA

Filipe Catto Alves nasceu em Lajeado no dia 26 de setembro de 1987. É uma artista trans não binária, cantor, instrumentista, compositor, ilustrador e designer brasileiro. Ganhou fama ainda muito jovem, com trabalhos voltados para a MPB, o samba e o tango moderno, mas com o tempo, avançou para outros gêneros, como o jazz, o rock e o bolero, entre outros.

Já dividiu o palco com artistas nacionais como Maria Bethânia, Elza Soares, Ney Matogrosso, Odair José, Marcelo Jeneci, Vanessa da Matta, Toquinho, Daniela Mercury, Zélia Duncan, Maria Gadú, Ana Carolina, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Dzi Croquettes, entre outros.

Suas canções são conhecidas por constarem em trilhas sonoras de sucesso, como “Saga” (trilha da novela Cordel Encantado), “Quem É Você” (trilha da novela Sangue Bom), “Adoração” (trilha da novela Saramandaia) e “Flor da Idade” (trilha da novela Joia Rara).

Apesar de se definir com frequência como intérprete, é o compositor da maioria de seus sucessos, como “Saga”, “Adoração”, “Lua Deserta”, “Dias e Noites”, “Torrente”, “Depois de Amanhã”, “Redoma” e “Roupa do Corpo”. Compõe na maioria das vezes de forma solitária, mas já escreveu canções com artistas como Zélia Duncan, Tiê, Paulinho Moska e Pedro Luís.

12 filmes de Pedro Almodóvar na Netflix

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Em fevereiro, o premiado cineasta espanhol, Pedro Almodóvar, teve doze de seus filmes catalogados na Netflix. Seus longas são conhecidos por abordarem temas densos, além de explorar uma linguagem que os deixam com um estilo bem característico, como a estética que abusa das cores vermelhas, figurinos e cenografia que buscam evidenciar os sentimentos das personagens.

1 – Mães Paralelas (2021)

Duas mulheres, Janis (Penélope Cruz) e Ana (Milena Smit) dão a luz no mesmo dia e no mesmo hospital. Janis, de meia idade, teve a gravidez planejada e já se sente preparada e eufórica para ser mãe. Ana, adolescente, engravidou por acidente e sente medo do que está por vir, além de estar assustada, arrependida e traumatizada.

As duas enfrentam essa jornada como mães solos, e enquanto esperam pela chegada de seus bebês, elas passeiam pelos corredores do hospital, trocando confissões e desabafos. Ao dividir não só o mesmo quarto de hospital, como também esse momento tão transformador e intenso de suas vidas, elas constroem um vínculo muito profundo e esse encontro por acaso, pode mudar a vida de ambas para sempre, como um forte laço unido pela maternidade.

2 – Volver (2006)

Raimunda (Penélope Cruz) é uma jovem mãe, trabalhadora e atraente, que tem um marido desempregado e uma filha adolescente. Como a família enfrenta problemas financeiros, Raimunda acumula vários empregos. Sole (Lola Dueñas), sua irmã mais velha, possui um salão de beleza ilegal e vive sozinha desde que o marido a abandonou para fugir com uma de suas clientes.

Um dia Sole liga para Raimunda para lhe contar que Paula (Yohana Cobo), tia delas, havia falecido. Raimunda adorava a tia, mas não pode comparecer ao enterro pois pouco antes do telefonema da irmã encontrou o marido morto na cozinha, com uma faca enterrada no peito. A filha de Raimunda confessa que matou o pai, que estava bêbado e queria abusar dela sexualmente. A partir de então Raimunda busca meios de salvar a filha, enquanto que Sole viaja sozinha até uma aldeia para o funeral da tia.

3 – Má Educação (2004)

Madri, 1980. Enrique Goded (Fele Martínez) é um cineasta que passa por um bloqueio criativo e está tendo problemas em elaborar um novo projeto. É quando se aproxima dele um ator que procura trabalho, se identificando como Ignacio Rodriguez (Gael García Bernal), que foi o amigo mais íntimo de Enrique e também o primeiro amor da sua vida, quando ainda eram garotos e estudavam no mesmo colégio. Goded recebe do antigo amigo um roteiro entitulado “A Visita”, que parcialmente foi elaborado com experiências de vida que ambos tiveram.

Goded lê o roteiro com profundo interesse. Este relata as fortes tendências de pedofilia que tinha um professor de literatura deles, o padre Manolo (Daniel Giménez Cacho), que vendo Ignacio e Enrique em atitude suspeita diz que vai expulsar Enrique. Ignacio, sabendo que Manolo era apaixonado por ele, diz que fará qualquer coisa se ele não expulsar Enrique. Então Manolo promete e molesta Ignacio, mas não cumpre a promessa e expulsa Enrique. Goded decide usar a história como base do seu próximo filme e, por causa de um isqueiro, vai até a casa de Ignacio e constata uma verdade surpreendente.

4 – Fale com Ela (2002)

Em Madri, vive Benigno Martin (Javier Cámara), um enfermeiro cujo apartamento fica em frente a academia de balé comandada por Katerina Bilova (Geraldine Chaplin). Ele fica na janela da sua casa observando os ensaio com especial atenção a uma das estudantes de Katerina, Alicia Roncero (Leonor Watling). Quando Alicia é ferida em um acidente de carro, acaba internada no hospital onde ele trabalha. Benigno cuida dela, em coma, com um cuidado acima do normal.

5 – Carne Tremula (1997)

Madri, janeiro de 1970. Uma prostituta tem um filho em ônibus, quando tentava chegar na maternidade. O bebê se chama Victor. Após vinte anos, Victor (Liberto Rabal) está começando sua vida adulta e tenta se encontrar com Elena (Francesca Neri), desconhecida com quem, uma semana antes, teve um fugaz encontro.

6 – A Flor do Meu Segredo (1995)

Leo Macias (Marisa Paredes) é uma romancista que escreve histórias de 2ª categoria e consegue certo sucesso, mas se esconde sobre o pseudônimo de Amanda Gris. Paralelamente ela se sente infeliz, pois Paco (Imanol Arias), seu marido, é um militar que está sempre no exterior. Quando seu casamento começa a entrar em crise, Leo se vê entrando em desespero, o que a leva para a bebida e a parar de escrever seus contos. Porém, algumas surpresas estão reservadas para ela.

7 – Kika (1994)

Kika (Verónica Forqué) é uma maquiadora bastante otimista que se envolve com o fotógrafo Ramón (Àlex Casanovas) após uma situação bem inusitada. Ele é um sujeito muito fechado, mas isso não impede a felicidade do casal, que terá que superar apenas o fato de que Kika era amante de Nicholas (Peter Coyote), o padrasto de Ramon.

8 – De Salto Alto (1991)

Becky del Páramo (Marisa Paredes) é uma famosa cantora que há quinze anos abandonou a filha, Rebeca (Victoria Abril), para investir na carreira. De volta à Espanha, Becky surpreende-se ao descobrir que a filha agora é uma estrela da TV e está casada com seu antigo amante.

9 – Mulheres à beira de um Ataque de Nervos (1988)

Em Madri, Pepa Marcos (Carmen Maura), uma atriz que está grávida mas ninguém sabe, é abandonada por Ivan (Fernando Guillén), seu amante, e se desespera tentando encontrá-lo.

Ela recebe a visita de Candela (María Barranco), uma amiga que se apaixonou por um desconhecido e agora que descobre que o amado é um terrorista xiita, temendo ser presa. A mulher de Ivan descobre a traição do marido e tenta matá-lo. Pepa quer fazer de tudo para salvar a vida de Ivan.

10 – A Lei do Desejo (1986)

Pablo Quintero (Eusebio Poncela) é um diretor de teatro homossexual. Ele é apaixonado por Juan Bermúdez (Miguel Molina), mas sua paixão não é correspondida. Tina (Carmen Maura) é sua irmã, tendo realizado uma operação de mudança de sexo anos antes para manter uma relação incestuosa com o pai.

Ela é atriz e estrela o monólogo “A Voz Humana”, de Jean Cocteau. Pablo está escrevendo o roteiro de um filme, que será estrelado pela irmã. Enquanto isso ela decide adotar Ada (Manuela Velasco), cuja mãe (Bibiana Fernández) viajou. Há ainda Antonio Benitez (Antonio Banderas), jovem de classe média alta que tem dificuldades em assumir sua homossexualidade e sempre está em torno de Pablo.

11 – O que eu fiz para Merecer Isto? (1984)

Gloria (Carmen Maura) é uma dona de casa infeliz, que é casada com Antônio (Ángel de Andrés López), um motorista de táxi grosseiro e infiel. Gloria é obrigada a trabalhar incessantemente para sustentar a família, que é ainda composta por um filho traficante, uma sogra exploradora e outro adolescente, que ela decide vender ao seu dentista. Para completar Gloria, que é viciada em remédios para dormir, entra numa fase de abstinência e passar a perder o controle.

12 – Maus Hábitos (1983)

Yolanda Bel (Cristina Sánchez Pascual) é uma cantora de cabaré que leva uma vida desregrada até o dia em que presencia a morte por overdose de seu namorado. Procurada pela polícia, ela decide buscar refúgio no convento das Redentoras Humilhadas, cuja Madre Superiora é sua grande fã. Lá, encontra uma comunidade de freiras pobres que já foram prostitutas, viciadas, cafetinas, criminosas e, mesmo no convento, não abandonaram os maus hábitos.

12 filmes de Pedro Almodóvar na Netflix
Divulgação

Websérie documental “Queerbrada” retrata marginalização da cena cultural LGBTQIA+ de Salvador

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Arte, cultura, entretenimento e ainda um tempero soteropolitano. Tudo isso poderia ser abordado de uma forma solar e descontraída se não estivéssemos falando da cena LGBTQIA+ de Salvador. A websérie documental Queerbrada, lançada no último domingo (20), vem para mostrar que, nesse caso, os termos invisibilidade e marginalização também fazem parte do dia a dia de profissionais das artes.

Websérie documental "Queerbrada" retrata marginalização da cena cultural LGBTQIA+ de Salvador
Websérie documental “Queerbrada” retrata marginalização da cena cultural LGBTQIA+ de Salvador – Foto: Divulgação

Dividida em cinco episódios com pouco mais de 10 minutos cada, a série documenta a rotina de trabalho de cinco artistas baianos que fazem parte da sigla. De fotógrafo e poeta a Drag Queen e Cantora lírica, os personagens contam suas histórias e falam sobre os desafios e dificuldades enfrentados para trabalhar com arte na cena LGBTQIA+.

O idealizador e diretor do documentário, Matheus dos Anjos, explica que os episódios funcionam de forma independente, mas possuem um elo: o espaço urbano de Salvador, é ele que costura um personagem ao outro. Quem assistir ao documentário vai passear por “quebradas” já conhecidas por muitos soteropolitanos: Pelourinho, avenida Carlos Gomes, os bairros de Periperi e Fazenda Grande do Retiro, além de espaços que fazem parte da agenda cultural LGBTQIA+ de Salvador, como o Bar Âncora do Marujo.

“A intenção de usar a cidade como um elo foi também mostrar esse outro lado soteropolitano, que foge da cultura dominante, que acolhe nossa comunidade e de onde sai muito material de entretenimento de qualidade. Mas, além disso, esse aspecto geográfico mostra também que o processo de invisibilização da cena acaba literalmente arrastando esses artistas para os locais mais escuros e com menos policiamento da cidade”, conta.

A escolha do nome da série também não foi por acaso. Ele veio da junção da palavra ‘Queer’ – uma espécie de termo guarda-chuva muito utilizado na cena para designar tudo aquilo que é diferente do padrão social – com a palavra ‘Brada’, que vem do verbo bradar e expressa uma ação de resistência política contra o silenciamento e o apagamento.

“A junção dessas duas palavras acabou gerando uma palavra muito semelhante a ‘quebrada’, termo usado para se referir a locais periféricos, que muitas vezes acabam sendo os únicos espaços disponíveis para que esses artistas ocupem”, esclarece o diretor.

Além de Matheus, a websérie conta com direção de Eduardo Tosta, um dos cineastas responsáveis pelo primeiro curta-metragem de animação baiana que teve participação no Festival de Cannes, no ano passado. Em Queerbrada, a ideia, segundo Tosta, foi um visual mais arrojado, com câmera na mão, montagem mais dinâmica e uma proximidade de storytelling com o espectador. “Deu super certo e os personagens ajudaram bastante, já que todos são hipnotizantes”, conta.A produção foi da Camaleoa Filmes, produtora baiana que nasceu com a premissa de trazer pluralidade em suas produções. Não por coincidência, um dos critérios estipulados pelos diretores para a formação da equipe técnica foi justamente que ela fosse formada 100% por profissionais LGBTs.

“Uma das coisas mais comuns no setor de audiovisual é a produção formada por pessoas que não têm a mínima vivência do que está sendo trazido no projeto. E isso cria uma ideia de automatismo, onde não precisa haver sensibilidade e relação com o que a gente está contando ali. Queerbrada trata de tantos temas pertinentes na vivência de pessoas LGBTQIA+, inclusive sobre a exclusão e dificuldades no mercado de trabalho. Não faria sentido ser executado por pessoas de fora da comunidade. Há tanta potência nessa equipe, foi uma construção primorosa trabalharmos juntos”, revela Tosta.

O primeiro episódio da série já está disponível no Youtube. Os outros quatro serão lançados a cada domingo até o dia 10 de abril, na mesma plataforma. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB) via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Instagram:
https://www.instagram.com/queerbradaserie/

Canal do Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCEuX4qQjPNaR6LX3NHOTIXw

1º Episódio:

Criado em diálogo com o livro “Cartografias da Masculinidade”, estreia em SP o espetáculo “Desmacho”

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Acontece, nos dias 1 e 2 de abril, a estreia do espetáculo multimídia “Desmacho”, do Agrupamento Andar7, no CRD (Centro de Referência da Dança). A obra é apresentada por Ju Lima e busca romper as fronteiras entre o teatro, a dança, a performance, a música e o cinema, ao mesmo tempo que fricciona as materialidades desses campos de conhecimento.

A obra propõe revisitar a naturalização da violência em nossa cultura, tendo o universo caipira como ambiente de partida, e evoca uma ritualística para ‘desmachificar’ os corpos. Reconhecer, denunciar e romper os ciclos de violência gerados pelo machismo, questionar os binarismos e expurgar demandas que não pertencem mais a este tempo.

Criado em diálogo com o livro "Cartografias da Masculinidade", estreia em SP o espetáculo "Desmacho"
Criado em diálogo com o livro “Cartografias da Masculinidade”, estreia em SP o espetáculo “Desmacho” – Foto: Jorge Yuri

Sinopse: Desmacho é um trabalho cênico multimídia que relaciona fragmentos de leituras, relatos autobiográficos e questionamentos sobre o corpo em nosso contexto atual, em diálogo com o livro Cartografias da Masculinidade, organizado pelo psicólogo Pedro Ambra. A experiência propõe revisitar a naturalização da violência em nossa cultura, tendo o universo caipira como ambiente de partida, e evoca uma ritualística para ‘desmachificar’ os corpos, reconhecer, denunciar e romper os ciclos de violência gerados pelo machismo estrutural, questionar os binarismos e expurgar demandas, que não pertencem mais a este tempo.

Ficha técnica
Artista-criador: Ju Lima
Artes Visuais: Luciana Ramin
Operação de câmera: Jorge Yuri
Músico convidado: Thiago Morrinho
Concepção de Iluminação: Agrupamento Andar7
Operação de Iluminação: Edu Cabral
Produção: Brunette Coelho

Serviço
Desmacho
Local
: CRD – Centro de Referência da Dança
Endereço: Baixos do viaduto do chá. Centro.
Data: 1 e 2 de abril. Sexta, às 20h (bate papo após apresentação). Sábado, às 19h.
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: 16 anos
Capacidade: 80 pessoas

Estudo conclui que 55% dos LGBTQIA+ tiveram a saúde mental prejudicada durante a pandemia

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Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) demonstra que, durante a pandemia, os LGBTQIA+ tiveram uma piora significativa no estado de saúde mental. 55% dos entrevistados foram diagnosticados com risco de depressão no nível mais severo em 2021, sendo um índice quase 8% maior do que em 2020, que representava 47%.

A pesquisa aponta que isso também acontece devido ao afastamento das redes de apoio, em especial devido às medidas de distanciamento social, e também a escassez na ajuda profissional, o que acaba refletindo em uma piora da saúde mental e o aumento das queixas da população de que faltam políticas públicas de apoio a comunidade. Além da depressão, 47,5% dos entrevistados já tinham recebido um diagnóstico antes da pandemia para ansiedade.

O prolongamento da crise da Covid-19 aliado ao agravamento da situação financeira, em especial dos LGBTQIA+, também contribuem para uma piora do estado de saúde mental dessas pessoas. O estudo também concluiu que 6 em cada 10 LGBTQIA+ tiveram diminuição de renda ou ficaram sem trabalho por conta da pandemia, subindo a taxa de desemprego de 17,1% para 20,4%.

Estudo conclui que 55% dos LGBTQIA+ tiveram a saúde mental prejudicada durante a pandemia
Reprodução

Segundo uma matéria da CNN Brasil, o resultado tem como base o Índice VLC (Vulnerabilidade LGBTQIA+ à Covid-19), criado para o estudo de 2020. O índice oferece indicadores quantitativos que envolvem o cruzamento de dados sobre acesso à saúde, ao trabalho, à renda e exposição ao risco de infecção pelo coronavírus. A metodologia utilizada é a mesma que caracteriza o índice de vulnerabilidade social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

O índice varia entre 0 e 1, quanto mais próximo de 1, maior a vulnerabilidade à doença do grupo analisado. Segundo o estudo, os resultados apontam que a totalidade da população LGBTQIA+ se encontra em um nível de vulnerabilidade grave e 16%, em média, mais elevado do que o ano passado, segundo as dimensões de renda e trabalho, exposição ao risco de contágio e saúde.

O aumento da exposição ao risco também se deve ao aumento no número de casos e quantidade maior de pessoas que deixaram o isolamento social. Os números de 2020 já indicavam que a população se encontrava em um nível de vulnerabilidade entre alto e grave, em especial entre pessoas trans, bissexuais e pretas, pardas ou indígenas.

PrEP injetável contra o HIV será implementado no Brasil

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A agência global de saúde ligada à OMS, Unitaid, financiará a implementação do projeto da Profilaxia Pré-exposição (PrEP) injetável no Brasil, utilizando o medicamento Cabotegravir de ação prolongada, sendo que os estudos demonstraram que ela consegue ser ainda mais eficaz do que a PrEP oral diária na redução do risco de infecção pelo vírus HIV em até 99%.

Além disso, a Unitaid defende que é uma solução para os usuários que têm dificuldades em tomar pílulas regularmente e ainda ajuda a mitigar o medo de que terceiros confundam a PrEP oral com o tratamento do HIV, fazendo com que o usuário sofra estigma, discriminação ou até violência .

O anúncio foi realizado durante o seminário conjunto Brasil e Unitaid, e o projeto vai ser coordenado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde. O Carbotegravir de ação prolongada propicia oito semanas de proteção contínua contra a infecção pelo vírus por meio de uma única injeção intramuscular.

PrEP injetável contra o HIV será implementado no Brasil
Reprodução

O público-alvo será os grupos mais vulneráveis à infecção, como homens que fazem sexo com homens e as mulheres trans, de 18 a 30 anos. A iniciativa também será realizada na África do Sul, e por lá, o objetivo é atingir adolescentes e jovens mulheres, que têm sido infectadas em taxas desproporcionalmente altas. Na África Subsaariana, seis em cada sete novos casos de infecção em adolescentes ocorrem em garotas, e mulheres jovens têm o dobro do índice de contaminação em relação a homens jovens.

Para a chefe o laboratório de Pesquisa Clínica em IST e AIDS do INI, Beatriz Grinsztejn, o novo tratamento fará diferença socialmente. “A PrEP com com Cabotegravir de longa duração (CAB-LA) é uma estratégia nova e poderosa que pode realmente fazer a diferença no controle da epidemia de HIV/Aids”.

Segundo o diretor de Relações Exteriores e Comunicação da Unitaid, a ideia é integrar o Carbotegravir aos programas nacionais de saúde, gerando dados que apoiarão sua implantação global. Já a gerente técnica sênior do Departamento de Estratégias da Unitaid, Carmen Pérez Casas, disse que há uma necessidade de manter uma prevenção sustentável contra o HIV. A organização alerta que é necessário assegurar um amplo acesso ao Cabotegravir de longa duração, de forma que seja batida a meta da ONU de alcançar 95% das pessoas com risco de infecção em 2025.

Motorista gay de ônibus rechaça passageira homofóbica: “Dirijo dando pinta!”

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O motorista de ônibus Leandro Miranda (43) chamou a atenção da web ao fazer uma “piada” com o comentário de uma passageira sobre sua orientação sexual.

No vídeo divulgado, ele conta que um fiscal o parou em um ponto e perguntou: “Ô, bebê, que horas você saiu de lá?”, se referindo ao horário em que Miranda começou a trabalhar.

Nesse contexto, uma passageira estranhou e questionou: “Ele te chamou de bebê? E o senhor deixa, porque os outros podem achar que você é gay…”. Leandro, que é gay, respondeu: “Mas eu sou gay mesmo!”

A passageira retrucou: “E como é que o senhor dirige ônibus, sendo gay?”, e Leandro, com bom humor, respondeu ao questionamento dizendo: “Dando pinta, ‘vou armar a seta, vou parar, hein! Mona, tem troco?!'”.

Em uma conversa com o G1, o motorista disse que sua intenção foi desconstruir a diferença em que pessoas homossexuais e heterossexuais trabalham, explicando que, mesmo ele levando com bom humor, se trata de um caso de homofobia.

“Foi homofobia, velada, mas foi. Mas eu sou debochado, sabe? Reajo assim. Ela (a passageira) se assustou mais ainda quando eu disse que era gay. Eu fiz graça, o ônibus estava cheio e todo mundo riu, ela ficou sem graça”, conta ele, que dirige a linha 442, Itaguaí-Coelho Neto.

Apesar deste caso, Leandro Miranda enfatiza que não costuma sofrer preconceito em seu trabalho, já que todos sabem que ele é homossexual, e isso nunca foi um problema. “Quando tem preconceito é uma coisa mais velada e eu levo na brincadeira. Quando vem de um homem, acho logo que é uma pessoa enrustida, que depois de duas cervejas está com outro discurso”, brincou o motorista.

Com a popularidade vinda após este episódio, Miranda resolveu criar um canal no YouTube para ter um contato mais direto com o público.

Passageira homofóbica é satirizada por motorista de ônibus gay: "Dirijo dando pinta!"

Keith Haring, o artista pop que marcou os anos 80

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A década 70/80 – junto com as correntes migratórias iniciadas nos anos 60, por conta das lutas políticas e anseio de liberdade, trouxe para o cenário artístico novaiorquino uma lufada de ar tropical vinda do Caribe e de Porto Rico.

Keith Haring
O artista pop marcou os anos 80 – Reprodução

Ritmos como o hip hop, o break, o rap e, nas artes, o graffiti encontraram um solo fértil e carente de novidades. Keith Haring, artista gráfico e ativista, estava instalado naquele espaço, participando do que acontecia e-além de tudo- inovando.

Gay assumidíssimo, seu trabalho exibe um conjunto de componentes homoeróticos. A exposição que marca os 20 anos da morte do grande artista esteve no Rio (vinda de São Paulo e, em seguida, foi Minas Gerais), inaugurada no dia 28 de setembro de 2010.

Brazil-1989
Brazil -1989 (Reprodução)

O imponente espaço da Caixa Cultural-Rio recebeu 95 obras basicamente focadas nas ligações de Keith com o Brasil, com direito a passaporte exibindo visto do Consulado em Nova York para a visita que nos fez em 1983.

Ele participou da Bienal daquele ano, visitou o Rio e a Bahia.

Engajado em causas sociais, foi uma espécie de embaixador da UNICEF, apoiou a luta de Nelson Mandela e, em mais uma de suas atitudes generosas, transformou a tragédia da morte na Keith Haring Foundation, que cuida de crianças vítimas da AIDS.

UNICEF
Reprodução

Vida breve (1958-1990)

Keith Allen Haring nasceu em Reading, Pensilvânia, mas cresceu em Kutztown, numa pequena comunidade de colonos holandeses e, logo cedo, mostrou interesse pelas artes.Primeiro criou tiras de quadrinhos, depois desenhos mais complexos.

Adolescente, conheceu o trabalho de Andy Warhol e ficou impactado com o uso de ícones (Marilyn, Jackie Kennedy etc) e com o revolucionário conceito de massificação da arte.

De 1976 até 1978, estudou design gráfico em escolas especializadas em Pittsburgh Esses dois anos foram fundamentais para seu amadurecimento artístico. Ali ficou amigo de Kenny Scharf e Jean-Michel Basquiat.

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Todos os críticos apontam a conexão que ali começou entre a arte e sua orientação sexual.

Antes de acabar o curso, transferiu-se para Nova York para estar no então centro da arte no mundo e circular `a vontade no seio da comunidade gay Influenciado pelos grafitti.

Inscreveu-se na School of Visual Arts. E começou a ganhar notoriedade ao desenhar com giz as paredes das estações do metrô de Nova York

As primeiras exposições, a partir de 1980, foram no Club 57 – ponto de encontro da elite vanguardista.

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Surgiram as figuras antropomórficas de bebês de quatro patas, silhuetas andróginas, cobras voadoras, cães latindo, aparelhos de TV, corações, homenzinhos se masturbando desenhadas nas cores primárias com halos (raios) emanando delas e executadas com simplicidade e eficácia.

Mais tarde customizou um carro esporte BMW e o corpo escultural de Grace Jones para o clip “I’m not perfect”.

Em 1982, Haring trabalhava na galeria de arte de Tony Shafrazi, que lhe ofereceu espaço para uma grande exposição, onde “homenzinhos dançantes” exibiam atitudes do chamado universo pop se justapondo a atitudes sexuais ousadas.

Nos três anos seguintes, apesar desta ousadia, a obra de Haring se reproduziu mundo a fora e foi usada em campanhas humanitárias de ordem política e social, prevenção da Aids e do uso de drogas, contra o apartheid sul-africano e pela UNICEF, por organizações de direitos humanos e em favor da comunidade LGBT.

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Na mesma década, participou em diversas bienais e pintou muitos murais, entre outros em Sydney, Amsterdan e no Muro de Berlim.

A legião de seus fans incluía celebridades como Yoko Ono, Dennis Hopper, Andy Warhol e Madonna que explicando o trabalho do amigo disse que “era cheio de inocência e alegria, mas com um brutal julgamento do mundo que o cercava”

A Pop Shop

No auge da popularidade, abriu a POP SHOP, loja no Soho-Nova York, para vender seus trabalhos a preços mais que acessíveis ao público.

Foi acusado pela crítica de estar fazendo liquidação de seu talento. Haring respondeu que a verdadeira arte- como a que ele sabia que fazia – é um bem caríssimo que separa os milionários das pessoas comuns e o objetivo da loja era proporcionar produto de qualidade a preços razoáveis.

A POP SHOP continua a ser um sucesso e expandiu suas operações na era da internet. Em 1988, na inauguração de uma Pop Shop em Tóquio, afirmou:

“Em minha vida fiz muitas coisas, ganhei muito dinheiro e me diverti muito. Mas também vivi em Nova Iorque nos anos do ápice da promiscuidade sexual. Se eu não pegar AIDS, ninguém mais pegará.”

Alguns meses depois, entrevistado pela Rolling Stone, contou que vivia com HIV. Criou, em seguida, a Keith Haring Foundation, que cuida de crianças vítimas da aids, a partir dos seus direitos autorais.

Em 1989, em Pisa-Itália- executou sua última obra pública – um grande mural, o Tuttomondo, dedicado à paz universal.

Haring morreu aos 31 anos de idade, em Nova York, no dia 16 de fevereiro de 1990.

Reprodução

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Em 2008, uma grande exposição nos três andares do Museu de Arte Contemporânea em Lyon-França, com o patrocínio da Fundação Keith Haring e de sua família, lembrou os 50 anos de seu nascimento.

O curador Thierry Raspail apresentou o material de divulgação da mostra retrospectiva de 95 pinturas,14 esculturas e 104 desenhos com as seguintes palavras:

“Raramente um artista nos lega uma obra tão energética e abrangente. No final de uma carreira tão rápida (somente dez anos)Keith Haring entrou no panteón dos Mestres tais como Picasso e Andy Warhol, pelo estilo facilmente identificável. O artista norte-americano conseguiu seu objetivo, cumpriu a missão que se impôs: tornar a Arte acessível a todos”.

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Você visita oitenta e uma obras de Keith Haring clicando aqui abaixo:

https://www.wikiart.org/pt/keith-haring/all-works#!#filterName:all-paintings-chronologically,resultType:masonry

Humorista “Esse Menino” anuncia especial “Poodle”, que retrata a complexidade das vivências LGBT de modo cômico

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O humorista mineiro “Esse Menino” (25), famoso pelo vídeo que ironiza a aquisição das vacinas Pfizer, e também por fazer questão de não revelar seu nome verdadeiro, lança um novo trabalho em que ele roteiriza, produz e protagoniza: “Poodle“, um especial de comédia online que mistura stand-up comedy, música e sketch. Os ingressos custam R$ 20,00 e podem ser adquiridos através deste link.

O especial é inspirado nos LGBTQIA+ e o objetivo é propor uma reflexão sobre a comunidade de modo divertido e baseado nas experiências do próprio humorista. São cinco atos contando a trajetória que os LGBTs enfrentam ao longo da vida: “Negação”, “Revolta”, “Depressão”, “Barganha” e “Aceitação”. No espetáculo também há criticas a heteronormatividade, a cultura do cancelamento, a mídia e estereótipos.

Além disso, o especial também é inspirado nas vivências de “Esse Menino” durante a infância, abordando questões como homofobia, o amadurecimento, e a problematização de situações cotidianas que acabam sendo normalizadas pela sociedade.

Humorista "Esse Menino" anuncia especial "Poodle", que retrata a complexidade das vivências LGBT de modo cômico
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Segundo “Esse Menino”, a ideia por trás de “Poodle” foi experimentar algo novo, considerando que os vídeos que ele fazia até então seguiam o formato de 3 minutos, e este tem 47 minutos e participações de pessoas famosas como Jup do Bairro, Duda Beat e Chico Felitti. Para financiar o projeto, ele investiu todas as economias.

“Primeiramente, queria explorar só a questão do papel de ‘gay pet’, esses homens gays, cis, que são meio alienados. Ninguém sabe o que eles fazem exatamente, qual é a profissão deles. São conhecidos por estar sempre com famosos, naquela posição subalterna”, explica o humorista ao Estado de Minas.

“Achei que bater só nessa tecla (‘gay pet’) ia parecer um lugar meio de superior, como se eu também não tivesse vários pontos que podem ser abordados. Acabei tirando a narrativa um pouco daquele lugar de só apontar o dedo”, continua, acrescentando também que ele é “mais gay do que o normal” e que não teme rir de si mesmo.

Marcos Batista lança livro reunindo 200 cartuns explorando temas como sauna gay e política

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O cartunista gay Marcos Batista (38) reuniu 200 de seus desenhos publicado em diversos jornais como Folha de São Paulo e O Tempo para lançar o seu primeiro livro: “O que conto quando conto uma piada”, sendo também a estreia da editora Atrapalho, fundada pelo próprio autor. O livro tem classificação indicativa para maiores de 18 anos.

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A capa dura foi assinada pelo artista gráfico Stêvs, que também contribuiu com algumas tirinhas com outros ilustradores, como Adão Iturrusgarai, Allan Sieber, Bruno Maron, Cynthia Bonacossa, Falleiros e Fi.

“Da sauna gay à política, da igreja ao futebol, o leitor, ao ver o cartum, experimenta um vortex de pensamentos, muitas vezes conflitantes e reveladores, desencadeados pela graça”, diz Marcos Batista sobre o lançamento.

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“O cenário atual do quadrinho brasileiro é prolífico e insanamente diverso, o que traz como efeito colateral a dificuldade de se destacar num ambiente tão exuberante (e, ao mesmo tempo, precário). É comum autores modelarem seus trabalhos unicamente em torno das expectativas de seus leitores, ou, por outro lado daquilo que acham que agradaria a seus leitores. É um alento encontrar material que não parece desesperado pelo afeto de quem lê, que quando diz ‘pau no cu do seu gosto burguês’ deixa você em dúvida quanto a ser um xingamento ou um convite. Tem um vão entre o que você acha que é e o que é de verdade, e esse é um dos lugares mais interessantes aos quais a arte pode nos levar”, conta o quadrinista gaúcho Diego Gerlach no prefácio do livro.

A sinopse oficial diz: “Mais de duzentos cartuns e quadrinhos com piadas, sacadas, chanchadas e bofetadas em tudo que passa na frente, da sauna gay à política, da igreja ao futebol, tudo discutido da única forma séria possível: com humor”.

Marcos Batista lança um livro reunindo 200 cartuns explorando temas como sauna gay e política
Foto: Vinícius Yamada

FICHA TÉCNICA

“O que conto quando conto uma piada”
Marcos Batista
ISBN 978-65-00-17256-0
Idioma português
Dimensão: 16 x 16,5 cm
1ª edição, 2021
Número de páginas: 192
Editora Atrapalho
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