O pregador muçulmano Mohamed Shaar, que exerce a função de celebrante de casamentos autorizados em Sydney, na Austrália, declarou que os LGBTQIA+ são “sujos” e, em resposta, uma mulher deixou um recado na caixa de mensagens do celular dele para confrontá-lo: “Tenho um filho lindo e uma neta que são gays. Como você ousa julgá-los se você nem os conhece?”. As informações são do Daily Mail.
Shaar também pediu que os visitantes do Sydney World Pride, ocorrida no dia 5 de março em Sydney, fossem banidos pelos motoristas do Uber. Em seu Facebook, ele compartilhou um vÃdeo de notÃcias da BBC relatando uma lei aprovada pelo regime de Vladimir Putin que proÃbe qualquer menção à cultura ou pessoas LGBTQIA+ com a legenda “Bom para a Rússia”.
Ao ver a postagem, a senhora sugeriu que ele “voltasse para seu próprio paÃs se não gostasse do que temos aqui [na Austrália]”. Em outro momento, ela citou que a maioria dos australianos (67%) votou a favor do casamento homoafetivo e declarou “mesmo aqueles que não votaram sim podem não concordar com o casamento, mas eles não odeiam os gays como você”.
Em resposta, Shaar compartilhou a gravação na rede social chamando-a de “animal” e dizendo que as pessoas estão “doentes por não entenderem que Allah criou Adão e Eva, não Adam e Steve”, além de que ele “serve ao povo australiano que é genuinamente bom povo”. “Acredito que este paÃs é meu, então se você quer me ver fora, não há nenhum problema, pague para eu sair e comprar outro lugar para eu mudar, mas você não pode calar minha boca”.
O muçulmano também compartilhou uma captura de tela de um suposto evento de drag queens para crianças na página do Facebook ao lado de um vÃdeo e criticou um pôster de um homem “peludo” com cabeça de ursinho de pelúcia, deitado em um sofá com uma bandeira do orgulho gay e uma lata de cerveja.
“Que vergonha para essa raça humana, vergonha para este governo que mostra este povo imundo” – escreveu.
Já o Daily Mail tentou entrar em contato com os organizadores do festival Sydney World Pride, mas até o fechamento desta notÃcia não tiveram resposta.