Na última segunda-feira (25), o curta-metragem “Maré Novaâ€, dirigido pelo paulista Gabe Canto, estreou no 2º Festival Internacional de Curtas no Rio de Janeiro (FicRio), que segue até o próximo sábado (30). A produção figura entre os indicados na categoria de “Melhor Filme LGBTQIA+â€.
O FicRio foi criado para dar espaço aos realizadores do cinema independente de todo o mundo e suas obras, dentro dos gêneros de ficção, documentário e animação. “Maré Nova já nasceu como um filme pensado para a produção independenteâ€, conta Gabe. “O contexto da pandemia colocou algumas limitações de produção, e contemplá-las desde o roteiro nos preparou para produzir algo de qualidade dentro desse cenário”, pontua ele.
“Maré Nova†traz um olhar disruptivo sobre as relações homoafetivas ao retratar o fim conturbado do relacionamento entre o protagonista Beto e seu namorado, Fred. “Existe uma complexidade de relações muito grande no meio LGBTQIA+, que ainda não é tão exploradaâ€, afirma o diretor. “É uma comunidade ainda muito privada de afeto, fator que muitas vezes nos conduz a relações tóxicas, à dependência. É muito importante que olhemos para issoâ€, acrescenta Gabe.
No filme, após seis meses morando juntos durante o inÃcio do isolamento social, Beto e Fred se separam. Em meio a solidão do apartamento, Beto passa a usar substâncias para afogar as mágoas. Com o passar do tempo, ele desencadeia instintos autodestrutivos e precisa lidar com as consequências de suas ações. O elenco é formado por Leo Maino, Michel Nader e Eduardo Camilo.