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Wallace Mendes fala de papel em “A Herança”, bastidores da peça e trabalhos no cinema e na moda

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O ator Wallace Mendes é mais um talento que está em “A Herança“, versão do clássico da Broadway “The Inheritance”, de Matthew Lopez, adaptada e dirigida por Zé Henrique de Paula e idealizada por Bruno Fagundes, que está em cartaz no Teatro Vivo em São Paulo.

“Na história eu faço o personagem Jason, um advogado, casado com Jason, interpretado por Felipe Hintz, sim eles têm o mesmo nome (rs). Ele é amigo do Erick, vivido por Bruno Fagundes, eles são intelectualizados, e adoram discutir sobre suas vidas como gays os avanços da comunidade, e a herança disso. Eles escrevem e vivem a própria história enquanto jovens”, explica o ator sobre a história.

O espetáculo, que traz no elenco nomes como Reynaldo Gianecchini e Bruno Fagundes, tem uma peculiaridade, será apresentado em duas partes – cada uma com cerca de duas horas e trinta minutos de duração – em dois dias.

Wallace Mendes fala de papel em “A Herança”, bastidores da peça e trabalhos no cinema e na moda
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“Tenho em mim uma experiência de vivenciar o processo, e tá sendo muito gostoso, uma peça meio em formato de série, para pessoas acompanharem. As expectativas estão sendo as melhores, uma experiência pra quem assiste, pra quem vive, a gente acaba escrevendo junto, e vivendo junto, a peça busca trazer o público para vivenciar a história, num imaginário, levando a discutir assuntos muito relevantes a comunidade”, relata ele sobre a nova experiência que o público vai ter.

O brasiliense de 30 anos ainda fala dos assuntos abordados no espetáculo que vão de encontro a temas bastante debatidos na comunidade LGBTQIA+ e sobre como tem sido o processo de criação junto a um elenco formado por 12 atores.

“Tem sido gratificante, falamos de experiências que eu mesmo não vivi, como o surto da AIDS nos anos 80, são assuntos pertinentes e de grande importância pra todos. Eles têm a chance de reescrever as suas histórias, como homens gays que as viveram, falam sobre o que é ser gay, sobre pandemias que afetaram a comunidade gay, como AIDS, vivem relacionamentos, separações, ou seja, uma montanha russa de emoções. Diariamente conviver com pessoas tão talentosas, me inspira muito, e tá sendo um processo tranquilo, leve, ‘exaustivo’, pois são 6 horas de peça. Com certeza, pra mim já é um marco na minha carreira” – completa.

Além de Jason e o personagem jovem, Wallace vive também um porteiro em “A Herança“. “O porteiro é um personagem que entra na segunda parte da peça, numa quase intervenção. Infelizmente não posso dar muitos detalhes sobre, mas digo que vale a ida pra ver o que acontece nesse ponto da história”, relata.

Antes de estar no espetáculo, o ator esteve em diferentes projetos para o teatro. “Integrei a peça ‘Meninos também amam’ direção de Rafael Guerche, que rodou os festivais e teatros do Brasil/EUR, fui ator, intérprete e co-criador de ‘A decadência dos seres não abstratos’ direção de Luísa Pinto e dramaturgia de Márcio Aquiles, no MIT (Mostra Internacional de Teatro de São Paulo) participei da oficina de formação da peça ‘LOBO’ direção de Carolina Bianchi, e ‘Se Brecht fosse negro’ grupo Legítima Defesa e direção de Eugênio Lima”, revela.

Além dos palcos, o ator está com um filme inédito, ainda sem data de lançamento, para estrear. “Gravei o filme francês, filmado no Brasil durante o Festival mix, chamado “G de amor”. É a história de um artista gay que se apaixona por dois homens. Em um certo momento ele acaba escolhendo um deles, e numa volta a São Paulo, para um teste, ele reencontra com o amor antigo, vive um romance e diz que vai se casar”, adianta Wallace.

Ele ainda lembra do trabalho que fez junto a cantora Gaby Amarantos no clipe da música “Tchau”, parceria com Jaloo.

“Foi um projeto com João Monteiro, diretor de cinema, fizemos o clipe, onde eu era um cafajeste, na verdade ‘o cafajeste’ da Gaby Amarantos e Jaloo. Foi um clipe muito gostoso, o trabalho foi muito bom de fazer, além disso a música é ótima”, diz.

O brasiliense ainda fala do seu amor pelo circo, onde começou a amar o mundo das artes ainda muito novo, com 13 anos descobriu o amor no teatro circense.

“Foi uma delícia. Foi meu primeiro trabalho profissional, além de ser amor à primeira vista (rs). Após algum tempo tive uma pausa grande dos palcos, e poder voltar a ele é sempre reviver minha criança interior”, recorda.

Quando não está atuando, Wallace tem outras paixões, o judô, ele é faixa preta no esporte, além de ser um nome conhecido em campanhas e editoriais de moda, sendo rosto de importantes marcas.

“O judô faz parte da minha vida, já competi em campeonatos, fui cinco vezes campeão estadual e 2º lugar na Copa Internacional em Brasília. Trabalhar como modelo sempre me traz trabalhos que amo fazer, adorei quando encarnei o Lenny Kravitz para a Vogue Portugal. Um momento que me marcou também foi quando fiz uma campanha para o Dia dos namorados onde dois homens estão interagindo e se barbeando, a repercussão foi grande, mensagens de represália, mas foi bom ver que estamos caminhando. Foi um daqueles trabalhos que falam por si só”, finaliza.

 

André Torquato fala sobre “A Herança” e reflete sobre gerações da comunidade LGBTQIA+

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O brasiliense André Torquato é um dos protagonistas de “A Herança”, versão nacional do clássico da Broadway “The Inheritance”, de Matthew Lopez, adaptada e dirigida por Zé Henrique de Paula e idealizada por Bruno Fagundes. Em um formato inédito no Brasil, o espetáculo é apresentado em duas partes – cada uma com cerca de duas horas e trinta minutos de duração – e está em cartaz no Teatro Vivo (SP).

É como maratonar seis episódios de uma série, três em cada dia. A estrutura dramatúrgica utilizada pelo Matthew López se utiliza de ferramentas para criar essas expectativas no fim de cada ato, fazendo com que a plateia se mantenha envolvida durante todo o desenrolar da trama. Ainda que seja possível assistir apenas uma das partes, visto que ambas se resolvem dramaticamente, tenho certeza que o público vai se identificar tanto com a trama e os personagens, que vão correr para assistir a outra”, explica André Torquato.

A história une diversas gerações de homens gays que se encontram para compreender o que a comunidade LGBTQIA+ significa para eles e para o mundo.

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“Acredito que uma das maiores mensagens que a peça traz é que nós, como seres humanos vivos no presente, somos responsáveis pela relação entre o nosso passado e consequentemente o futuro. A partir da perspectiva dessa comunidade, a peça expõe a herança que a nossa geração carrega, das perdas e vitórias do passado, e como isso afeta a maneira que nos relacionamentos hoje em dia, com nós mesmos e com o mundo”, ressalta.

Na trama o ator interpreta dois personagens opostos – Adam, um jovem de classe alta de Nova Iorque e Léo, um garoto de programa nascido na pobreza.

“Adam é um aspirante a ator que busca caminhos para lançar sua carreira. Rico, simpático, culto e determinado, ele usa dessas características para conseguir o que quer. Em contraponto, Léo é um garoto de programa vítima de um sistema que o oprime de todos os lados. Mesmo vindo de realidades completamente distintas, ambos buscam entender o seu lugar no mundo”, conta.

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Além de André Torquato, o elenco principal conta com Reynaldo Gianechini, Bruno Fagundes, Marco Antônio Pâmio e Rafael Primot. A cenografia é de Zé Henrique de Paula, com figurinos de Fábio Namatame e trilha original de Fernando Maia.

“É um elenco dos sonhos. Temos profissionais de universos muito diferentes, televisão, cinema e teatro, que se propuseram a contar essa história de uma maneira muito bonita. A troca que temos durante os ensaios é deliciosa e eu aprendo diariamente dos cada um deles. Poder estar criando algo tão grandioso junto com essa galera é uma honra”, menciona.

No ano passado, André foi um dos destaques de “Tatuagem, musical baseado no filme homônimo de Hilton Lacerda. O enredo trazia um grupo de teatro em Recife durante um dos momentos mais obscuros da nossa história, a ditadura militar.

“Ambas as peças falam da comunidade LGBTQIA+ de perspectivas diferentes, uma da repressão durante a ditadura militar no Brasil e a outra a partir de uma visão atual sobre as dificuldades que enfrentamos atualmente. Acho que uma das semelhanças que podemos encontrar é como as nossas relações interpessoais continuam sendo afetadas pela marginalização, e que mesmo com os avanços sociais e culturais, ainda carregamos essa repressão de maneira internalizada”, completa.

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Sucesso de crítica e do público, a produção teve sua temporada estendida, de dois para sete meses, e garantiu à Torquato o prêmio Bibi Ferreira e o Troféu Imprensa Digital de Melhor Ator Coadjuvante em Musical.

É sempre bom ser reconhecido, mas ter ganhado por um trabalho como “Tatuagem” foi bastante especial, principalmente por se tratar de uma produção independente. É um musical que tinha a transgressão por natureza, e que não consegue aporte de patrocínio justamente por essa mensagem, então esse prêmio se trata de uma realização enorme”, finaliza.

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Site “Foto de Homem” publica dois ensaios inéditos essa semana

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O site “Foto de Homem“, projeto do jornalista Eberson Theodoro que se dedica a ensaios de nu artístico com todos os tipos de corpos masculinos, está lançando dois ensaios inéditos: um do empresário Henrique Chirichella, dono da loja virtual Logay, e com o modelo Kassim Abra.

Fotografados em São Paulo, Henrique não fez nu frontal e, mesmo tímido, topou fazer algumas fotos sem roupa e de costas. Já Kassim foi mais ousado, e presentou os assinantes do canal com a nudez em todos os ângulos. As fotos noturnas se misturam às luzes da cidade de São Paulo com o corpo do modelo.

O site publica um ensaio de nu por semana desde 2020. São quase 170 ensaios no ar, com rapazes fotografados em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Nestes três anos, o canal já desnudou homens de diversas idades, tipos de corpos, além de casais, trisais e até um quadrisal. Nas palavras do fotógrafo, que é jornalista e pós graduado em fotografia, a tônica do site é registrar a nudez e a sexualidade masculina sem abrir mão da estética.

“A nudez é o que temos de mais natural, é o nosso corpo. Transformar isso em arte é o meu trabalho, sem pudores, mas também sem deixar de me preocupar com a qualidade das imagens”, afirma Eberson.

Henrique Chirichella (Foto: Eberson Theodoro / Foto de Homem)
Kassin Abra (Foto: Eberson Theodoro)
Kassin Abra (Foto: Eberson Theodoro/ Foto de Homem)
Henrique Chirichella (Foto: Eberson Theodoro/ Foto de Homem)
Henrique Chirichella (Foto: Eberson Theodoro)

Quadrinista trans Alice Pereira participa de feira gratuita de HQ no Rio de Janeiro

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No próximo dia 26 de março ocorrerá a primeira edição da feira “Cada Um No Seu Quadrinho“, no Circo Voador, localizado no Centro do Rio de Janeiro. A autora e ilustradora de “Pequenas Felicidades Trans”, Alice Pereira, estará presente para divulgar e debater seu projeto autobiográfico de quadrinhos que aborda as dificuldades e alegrias vivenciadas por uma mulher trans.

Gratuito e aberto ao público, o evento terá diversas atividades como rodas de conversas, oficinas de fanzines e exposições de editoras, cartunistas, quadrinistas, ilustradores e lojas do universo geek.  Alice estará no painel “Que fim levou o Robin e a diversidade nos quadrinhos?“, no qual, ao lado de Daniela Marino e Renato Lima, discutirão a representação de personagens LGBTQIA+ nos quadrinhos.

Outros três painéis completam a programação:

  • Os quadrinhos explicam o mundo“, com a participação de André Videira, Triscila Oliveira e Carol Ito;
  • Distribuição: do digital ao impresso“, com Ricardo Oliveira, Denis Mello e Daniel Lopes;
  • Humor em quadrado: uma conversa sobre fazer humor em quadrinhos“, comandado por Daniel Paiva, André Dahmer e Samir Naliato.

A proposta da feira, idealizada e curada pelo comunicador e produtor Lencinho, é resgatar as convenções de quadrinhos para o Rio de Janeiro, que já sediou eventos inesquecíveis do gênero, inclusive com a participação de artistas de renome internacional.

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SERVIÇO

  • “Cada Um no Seu Quadrinho”
    Quando: 26 de março, domingo, das 10h às 20h;
    Onde: Circo Voador (Rua dos Arcos S/N, Centro – Rio de Janeiro – RJ)
    Ingresso: gratuito;
    Faixa etária: livre;
    Instagram: @cadaumnoseuquadrinho.
  • 11h – Humor em quadrado: uma conversa sobre fazer humor em quadrinhos:
    * Daniel Paiva (diretor e produtor do documentário Malditos Cartunistas e editor da revista Tarja Preta)
    * André Dahmer (cartunista do jornal O Globo e autor da série Malvados)
    * Samir Naliato (Fundador do site Universo HQ, editor-chefe da plataforma de quadrinhos digitais Social Comics e podcaster no programa Confins do Universo)
  • 14h – Que fim levou o Robin e a Diversidade nos quadrinhos:
    * Alice Pereira (autora do Pequenas Felicidades Trans)
    * Daniela Marino (Mina de HQ)
    * Renato Lima (coeditor das revistas “Mosh!” e “Jukebox” e desenhista de storyboards de diversos seriados)
  • 16h – Distribuição: do digital ao impresso:
    * Ricardo Oliveira (roteirista e cartunista da série O Espetaculoso Gordo Aranha)
    * Denis Mello (quadrinista, autor de Teocrasília e coautor da premiada webcomic Beladona)
    * Daniel Lopes (editora Pipoca e Nanquim)
  • 18h – Os quadrinhos explicam o mundo:
    * André Videira (organizador e professor do curso História em Quadrinhos, Política e Sociedade, pelo Departamento de Ciências Sociais da UFRJ)
    * Triscila Oliveira (roteirista da série Confinada e Os Santos)
    * Carol Ito (criadora do @politicahq e criadora da série Novo Anormal para a revista TPM)

Venezuela descriminaliza a homossexualidade nas Forças Armadas

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Neste dia 17 de março, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela anulou o artigo do Código de Justiça Militar que penalizava a homossexualidade dentro das Forças Armadas com até três anos de prisão. Até então, o artigo 565 condenava os militares que cometessem “atos sexuais não naturais”.

Acatando um pedido feito pela Defensoria Pública do país, o TSJ julgou que “a interpretação (do artigo), à luz das atuais concepções científicas, sociais e jurídicas, não é compatível com a Constituição nem com instrumentos internacionais (…) por ser contrária ao postulado fundamental da progressividade em termos de garantia dos direitos humanos”.

A decisão é considerada uma vitória por integrantes do movimento LGBTQIA+ da Venezuela. “Depois de tantos anos de luta, nós conseguimos a nulidade do artigo do código de justiça militar”, declarou à agência de notícias AFP o ativista Leandro Viloria, um dos líderes da campanha para abolir a norma, que provocou a expulsão de um número não divulgado de oficiais das Forças Armadas.

Venezuela descriminaliza a homossexualidade nas Forças Armadas
Reprodução

Segundo uma matéria do O GLOBO, a Venezuela é considerado um país extremamente conservador, em que a homossexualidade é muito mal vista. “É mais grave ser gay do que ser corrupto” lamenta José, como pediu para ser chamado um capitão da Guarda Nacional, de 36 anos. “Há militares corruptos, ladrões, narcotraficantes, que são sancionados e seguem trabalhando como se nada tivesse acontecido”.

José” começou a ser investigado em 2017, já que não era casado e nem tinha filhos, sendo requisitos obrigatórios para ascender a patentes superiores. Embora muitos se casem para salvar sua carreira, José se negou a usar esse artifício, mantendo em segredo uma relação homoafetiva. Com isso, ficou quatro dias detidos que, segundo ele, foram “os piores de sua vida”.

“No último dia da investigação me fizeram o teste de polígrafo, me prenderam em um quarto, me conectaram a umas máquinas, praticamente sem roupa, conectado com fios nos dedos, nas mãos. Me perguntaram tudo de mais íntimo. ‘Como vamos ter aqui um maricas?’ repetiam os investigadores, para me obrigar a assinar um documento em que  aceitava ser gay. Como não tiveram uma prova contundente, dedicaram-se a me humilhar”, disse o ex-militar.

No fim, José decidiu sair não só das Forças Armadas, mas também do país, estando exilado na Espanha.

Músico Davi Kenip abre perfil na plataforma de conteúdo adulto Privacy

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O DJ Davi Kneip (24), que ganhou notoriedade por participar do hit “Sentadona” junto com Luísa Sonza, MC Frog e DJ Daniel do Borel, abriu uma conta no Privacy para vender fotos íntimas. Aqueles que quiserem ter acesso ao material terão de desembolsar R$ 69,99 mensais.

“Eu sou muito novo e sou um cara que gosta muito de investir, pois acredito que o dinheiro não leva desaforo, então a gente tem sempre que pensar em coisas novas. Por isso a Privacy para mim é um investimento e uma oportunidade nova”, conta Kneip.

Davi Kneip nasceu no dia 21 de fevereiro de 1999 em Belo Horizonte, Minas Gerais. É cantor, produtor musical e influenciador brasileiro. Se tornou conhecido ao participar do reality show “Brincando com Fogo” da Netflix. O artista também realizou trabalhos em emissoras como SBT e Band, sendo que nesta última ele chegou a ter seu próprio programa: “Kneip na TV”.

Músico Davi Kenip abre perfil na plataforma de conteúdo adulto Privacy
Reprodução

Kneip diz que, durante a infância, sofreu muito bullying: “Quando eu era pequeno era bem gordinho, por isso, sofria muito bullying na escola e não era aceito pelas rodas, o que me levou a desenvolver anorexia”, revela o músico.

“Nesse processo eu cheguei a pesar 40kg com 16 anos. Como consequência, criei uma casca que fez com que me tornasse mais seguro de mim e acredito que, independente do corpo que tenha ou do que faça, sempre vão criticar, então é preciso se amar primeiro. Esse é um dos motivos de estar encarando esse novo desafio na Privacy”, acrescenta.

“Meu objetivo com a Privacy é no futuro fazer meus pais pararem de trabalhar e eu sustentar eles. Já conquistei muita coisa, mas quero cuidar deles porque eles são muito importantes para mim e sempre me apoiaram e incentivaram em tudo. Minha intenção com o perfil é mostrar mais da minha rotina e criar uma conexão ainda maior com os meus fãs”, finaliza.

Encontro educacional para acolher estudantes LGBTQIA+ tem recorde de inscrições

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O primeiro encontro educacional, aberto ao público geral, de como acolher estudantes LGBTQIA+, promovido pelo Museu da Diversidade Sexual de São Paulo (MDS), instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, acontece no sábado (11) e teve recorde de inscrições. O curso é destinado a professores e demais educadores para pensar a importância de integrar estudantes da comunidade LGBTQIA+ nos espaços educacionais.

Esta atividade faz parte do Programa Centro de Empreendedorismo e Formações, promovida pelo Núcleo de Educação para a Diversidade do MDS com trinta vagas que foram totalmente preenchidas. O encontro será ministrado pelo professor Luiz Guilherme Carvalho, pesquisador no campo de gênero, sexualidade, educação e juventude LGBTQIA+, que irá compartilhar suas vivências e estudos no ambiente educacional.

“Iremos pensar sobre a construção da linguagem como parte constitutiva das pessoas e, como tal, passível de alteração uma vez que deve ser enxergada como meio para dizer de si e do mundo”, afirma o educador.

Encontro educacional para acolher estudantes LGBTQIA+ tem recorde de inscrições
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De acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica, apenas 26% das instituições de ensino tratavam do assunto homofobia em sala de aula, em 2021. “Há uma ruptura epistemológica se projetando com força entre os estudantes LGBTQIA+, temos que lutar por uma educação onde essa população seja símbolo de um novo mundo”. A atividade será acessível para o público surdo e terá a presença de intérpretes de Libras.

O Museu da Diversidade Sexual (MDS) é uma instituição do Governo do Estado de São Paulo ligada à Secretaria da Cultura e Economia Criativa, sendo o primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à Memória e Estudos da Diversidade Sexual.

A instituição é destinada à memória, arte, cultura, acolhimento, valorização da vida, agenciamento e desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIA+ (contemplando a diversidade de siglas que constituem hoje o MDS) e seu reconhecimento pela sociedade brasileira.

Trata-se de um museu que nasce e vive a partir do diálogo com movimentos sociais LGBTQIA+, que se propõe a discutir a diversidade sexual e tem, em sua trajetória, a luta pela dignidade humana e a promoção por direitos, atuando como um aparelho cultural para fins de transformação social.

Atualmente, o MDS passa por uma reforma de ampliação da sua sede, na estação República do metrô, em São Paulo. Com isso, a unidade terá melhor infraestrutura para abrigar exposições, mostras e demais ações educativas do Museu, alcançando um público ainda maior. A expectativa é que a reforma seja finalizada ainda no primeiro semestre de 2023.

Mulher é condenada pela justiça a pagar indenização a vice-prefeito por declaração homofóbica

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Uma moradora de Santa Catarina foi condenada a pagar R$ 5 mil por danos morais ao vice-prefeito Antônio Carlos, Filipe Schmitz (MDB) por uma declaração homofóbica feita em 2020 durante a campanha eleitoral municipal em que ela escreveu em uma rede social “Pois é amada, infelizmente é o que vocês têm para oferecer? Um v14d0 como vice, kkk”, insinuando também que caso ele fosse eleito, seu primeiro ato seria um “movimento LGBT”.

“Homofobia é crime. Não podemos ficar omissos” – disse Schmitz em uma rede social no último dia 6 de março – “As pessoas têm que entender isso e arcar com as consequências. A sentença é uma conquista de toda a sociedade. Em pleno século XXI ofender alguém por sua identidade sexual é inadmissível”, começou Schmitz.

“Eu espero que cada vez mais tenhamos representatividade nos diversos segmentos da sociedade, para que a diversidade brasileira seja respeitada em todas as suas vertente”, acrescentou o vice-prefeito mais jovem de SC, eleito aos 23 anos.

A condenação foi proferida pela juíza-substituta Luciana Santos da Silva. Em defesa, o advogado da mulher que deu as declarações homofóbicos alegou que ela não citou o nome do então candidato a vice-prefeito. No entanto, a juíza disse que a intenção dos comentários são muito claras, mesmo não citando o nome dele.

“O contexto probatório evidencia de forma contundente a autoria das agressões verbais perpetradas pela ré contra o autor, pautada na orientação sexual deste”, escreveu a juíza na sentença.

“As expressões foram proferidas com intenção de humilhar, desrespeitar, com intuito depreciativo e afrontoso à dignidade do ser humano, capaz de causar sofrimento”, continuou a juíza.

Mulher é condenada pela justiça a pagar indenização a vice-prefeito por declaração homofóbica
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André Torquato estrela espetáculo de 5 horas sobre gerações da comunidade LGBTQIA+

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O brasiliense André Torquato é um dos protagonistas de “A Herança”, versão nacional do clássico da Broadway “The Inheritance”, de Matthew Lopez, adaptada e dirigida por Zé Henrique de Paula e idealizada por Bruno Fagundes. Em um formato inédito no Brasil, o espetáculo será apresentado em duas partes – cada uma com cerca de duas horas e trinta minutos de duração – e chega à São Paulo em março.

“É como maratonar seis episódios de uma série, três em cada dia. A estrutura dramatúrgica utilizada pelo Matthew López se utiliza de ferramentas para criar essas expectativas no fim de cada ato, fazendo com que a plateia se mantenha envolvida durante todo o desenrolar da trama. Ainda que seja possível assistir apenas uma das partes, visto que ambas se resolvem dramaticamente, tenho certeza que o público vai se identificar tanto com a trama e os personagens, que vão correr para assistir a outra” explica o ator.

Em formato inédito no Brasil, André Torquato estrela espetáculo de 5 horas que reflete gerações da comunidade LGBTQIAP+
Foto: Henrique Resende

A história une diversas gerações de homens gays que se encontram para compreender o que a comunidade LGBTQIAP+ significa para eles e para o mundo.

“Acredito que uma das maiores mensagens que a peça traz é que nós, como seres humanos vivos no presente, somos responsáveis pela relação entre o nosso passado e consequentemente o futuro. A partir da perspectiva dessa comunidade, a peça expõe a herança que a nossa geração carrega, das perdas e vitórias do passado, e como isso afeta a maneira que nos relacionamentos hoje em dia, com nós mesmos e com o mundo” – ressalta.

Na trama o ator interpreta dois personagens opostos – Adam, um jovem de classe alta de Nova Iorque e Léo, um garoto de programa nascido na pobreza.

“Adam é um aspirante a ator que busca caminhos para lançar sua carreira. Rico, simpático, culto e determinado, ele usa dessas características para conseguir o que quer. Em contraponto, Léo é um garoto de programa vítima de um sistema que o oprime de todos os lados. Mesmo vindo de realidades completamente distintas, ambos buscam entender o seu lugar no mundo” – conta.

Foto: Henrique Resende

Além de Torquato, o elenco principal conta com Reynaldo Gianechini, Bruno Fagundes, Marco Antônio Pâmio e Rafael Primot. A cenografia é de Zé Henrique de Paula, com figurinos de Fábio Namatame e trilha original de Fernando Maia.

“É um elenco dos sonhos. Temos profissionais de universos muito diferentes, televisão, cinema e teatro, que se propuseram a contar essa história de uma maneira muito bonita. A troca que temos durante os ensaios é deliciosa e eu aprendo diariamente dos cada um deles. Poder estar criando algo tão grandioso junto com essa galera é uma honra” – menciona.

No ano passado, André foi um dos destaques de “Tatuagem”, musical baseado no filme homônimo de Hilton Lacerda. O enredo trazia um grupo de teatro em Recife durante um dos momentos mais obscuros da nossa história, a ditadura militar.

“Ambas as peças falam da comunidade LGBTQIAP+ de perspectivas diferentes, uma da repressão durante a ditadura militar no Brasil e a outra a partir de uma visão atual sobre as dificuldades que enfrentamos atualmente. Acho que uma das semelhanças que podemos encontrar é como as nossas relações interpessoais continuam sendo afetadas pela marginalização, e que mesmo com os avanços sociais e culturais, ainda carregamos essa repressão de maneira internalizada” – completa.

Sucesso de crítica e do público, a produção teve sua temporada estendida, de dois para sete meses, e garantiu à Torquato o prêmio Bibi Ferreira e o Troféu Imprensa Digital de Melhor Ator Coadjuvante em Musical.

“É sempre bom ser reconhecido, mas ter ganhado por um trabalho como “Tatuagem” foi bastante especial, principalmente por se tratar de uma produção independente. É um musical que tinha a transgressão por natureza, e que não consegue aporte de patrocínio justamente por essa mensagem, então esse prêmio se trata de uma realização enorme” – finaliza.

Sobre André Torquato

André Torquato é um ator e cantor de 29 anos, natural de Brasília e residente em São Paulo. Formado pelo Conservatório Lee Strasberg Theater and Film Institute, em Nova Iorque, foi integrante do NAC (Núcleo de Artes Cênicas), coordenado por Lee Taylor. Atuando no teatro há mais de dez anos, participou de grandes produções em São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iorque (Estados Unidos), Auckland (Nova Zelândia) e pela Europa.

Seus trabalhos mais recentes incluem ‘Tatuagem’, da Cia da Revista, com direção de Klever Montanheiro, que lhe garantiu a 9ª edição do Prêmio Bibi Ferreira (2022), e o Prêmio Destaque Imprensa Digital de Melhor Ator Coadjuvante em Musical (2022) e ‘West Side Story’, com direção de Moeller e Botelho, pelo qual foi indicado ao Prêmio Destaque Imprensa Digital de Melhor Ator Ator Coadjuvante em Musical (2021). Atualmente faz parte do Coletivo Impermanente, dirigido por Marcelo Várzea e estreia o épico Teatral ‘A Herança’.

Foto: Henrique Resende
Foto: Henrique Resende
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