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Livro de ficção com temática LGBTQIA+ e PCD aborda sexualidade, luto e traumas

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Lançado originalmente como um web folhetim, o livro “Sapatos Brancos” é narrado por vários personagens de forma não linear, no estilo true crime. A obra, escrita pelo goiano Wigzan, é conduzida principalmente por quatro mães, às próprias maneiras e lutas, elas interagem entre si com um único objetivo: proteger os filhos.

Um professor gay e drag queen, jovens trans e bissexuais, pessoas com deficiência física, visual e auditiva. Recheada de personagens reais, a narrativa, a partir da perspectiva da morte, discute o abandono, o amor, o impulso destrutivo e tudo o que os torna humanos.

É dessa forma que, por meio de metáforas, o escritor e filósofo Wigvan, nascido na periferia, pretende combater a violência e deixar o mundo um pouco mais bonito. A obra coloca em pauta a marginalização da sociedade, lutas LGBTQIA+ e PCD, mas também chega às estantes para quebrar tabus. Com responsabilidade e leveza, o autor abre discussão sobre violência infantil, a desromantização da maternidade e sexualidade.

Wigzan (Foto: Divulgação)

Sapatos Brancos

No livro, Alexandre, menino gay e periférico de 15 anos é assassinado e seus colegas precisam lidar com o luto e os traumas da perda. A história se passa nos anos 2000, na pacata cidade de Coralinândia, no interior de Goiás.

O nome do livro é uma analogia à diferença de classes. Filipe, bolsista de uma escola de alto padrão, é o único que usa sapatos marrons. Ele é um dos protagonistas da história, que gira em torno de uma sucessão de mortes atribuídas a uma seita religiosa fundada em 1940.

Enquanto as investigações acontecem, o desejo de justiça é o que move Filipe, Ricardo e um grupo de adolescentes amigos de Alexandre. Em meio a descobertas, desejos e conflitos da puberdade, os jovens confrontarão uma rede de segredos sobre a qual a cidade foi construída e que afeta, principalmente, suas famílias. O que eles não sabem é que o assassino está muito mais perto do que eles imaginam.

FICHA TÉCNICA: 
Título:
 Sapatos Brancos
Autor: Wigvan
ISBN/ASIN:
 978-65-00-47024-6
Páginas: 
385
Preço
: R$ 39,90
Onde comprar:
 Compra direta com o autor

Capa do livro (Foto: Divulgação)

Espetáculo “Gêneres” discute os conceitos de gênero em temporada gratuita no RJ

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A Cia CTO realiza realiza até dia 29 de outubro, uma circulação gratuita da temporada do espetáculo “GÊNERES”. Com direção de Bárbara Santos, a obra debate como a persistência na utilização de um conceito de gênero com estrutura binária pode afetar avanços sociais e promover a intolerância e a violência no dia a dia. As apresentações ocorrem nos dias 14, 15, 22 e 29 de outubro, às 18h, na sede do Centro de Teatro do Oprimido (CTO), e no dia 21 de outubro, às 19h, no Teatro Noel Rosa, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Como as pessoas aprendem a desempenhar papéis sociais a partir desse conceito de gênero? Quais mecanismos de “convencimento” ou de coerção são utilizados nos espaços sociais (família, escola, religião, etc.) para colocar cada pessoa em uma das duas caixinhas disponíveis: ele ou ela, azul ou rosa? Como mulheres aprendem a “ser mulheres”? Como homens aprendem a “ser homens”? Como eles aprendem que a linguagem da violência lhes é permitida? Essas são algumas questões que o espetáculo busca responder.

“Gêneres” é uma produção do Teatro-Fórum baseada em Estéticas Feministas com o objetivo de revelar processos sociais por meios estéticos e de propor o diálogo interativo entre palco e plateia para buscar meios concretos para transformar a realidade. Após a apresentação, o público é convidado a, em pequenos grupos, buscar estratégias coletivas para enfrentar o problema encenado. Na sequência, estimula-se que alguns desses grupos improvisam suas propostas no palco junto com o elenco.

O elenco é formado por Alessandro Conceição, Beatriz Mendes, Dominick Retinta, Gabriel Horsth, Maiara Carvalho, Manu Marinho, Manu Rosa, Marcelo Dantas, Naticlau, Nlaisa Luciano e Raquel Dias.

Gêneres (Foto: Luís Gomes)

Serviço

Temporada “Gêneres”

Quando: 14 e 15 de outubro;
Horário: 18h;
Local: CTO – Av. Mem de Sá, 31 – Lapa;
Entrada gratuita.

Quando: 21 de outubro;
Horário: 19h;
Local: Teatro Noel Rosa – UERJ, Campus Francisco Negrão de Lima – Pavilhão João Lyra Filho – Rua São Francisco Xavier, 524 – Maracanã;
Entrada gratuita.

Quando: 22 e 29 de outubro;
Horário: 18h;
Local: CTO – Av. Mem de Sá, 31 – Lapa;
Entrada gratuita.

Gêneres (Foto: Luís Gomes)

Sesc Santo Amaro apresenta programação cultural focada no universo LGBTQIA+

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Com atividades que envolvem a dança, música, teatro, cinema, moda e rodas de conversas e que dialogam com o universo LGBTQI+, o Sesc Santo Amaro realiza a 4ª edição do projeto “GenerosidadeS: arte e o transbordamento dos gêneros” que ocorre durante o mês de outubro.

Iniciativa visa refletir sobre a troca, acolhimento, problematização e reconhecimento da diversidade na sociedade. O objetivo é revisitar e abolir fronteiras, atravessar margens, borrar limites e construir um olhar a partir da perspectiva da singularidade que constitui cada um.

Nesta quinta-feira (13), às 20h, o público poderá conferir o show de Ana Gabriela que apresenta canções sobre representatividade e empoderamento como “Capa de Revisa” e “Não Me Chama de Sua”. Já o cantor e compositor Martte participa do bate-papo sobre artistas LGBTQIA+ e faz um pocket show que mostra suas influências de R&B, pop, música eletrônica e MPB.

Martte (Foto: Renan Buken)

Na sexta-feira (15), às 20h, o teatro marca presença com “Criança Ferida Ou De Como Me Disseram Que Eu Era Gay“, onde Vinicius Bustani evoca momentos e imagens de sua própria infância com relatos biográficos e ficção, humor, sarcasmo e poesia. Já a La Vaca Cia de Artes Cênicas traz “Homens Pink”, no dia 20 de outubro, com direção, texto e interpretação de Renato Turnes.

A Cia. La Leche encena “Existo!”, no dia 22 de outubro, e propõe às crianças discussões poéticas sobre o que é ser menino e o que é ser menina. A direção é de Cris Lozano e dramaturgia de Alessandro Hernandez, que está em cena ao lado de Ana Paula Lopez.

Na dança, diretamente de Paris, Pol Pi mostra o espetáculo “Ecce (H)omo”, nos dias 22 e 23 de outubro. Já a House of Zion Brazil oferece duas vivências em dança: Oficina de Vogue e Jam de Vogue, no dia 15 de outubro.

Oficina de Vogue (Foto: Divulgação)

A programação também conta com uma série de ações para a cidadania. A Unidade Móvel do Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder estará presente na frente da entrada principal do Sesc Santo Amaro nesta quinta-feira, das 12h às 17h, em uma ação de utilidade pública em prol do respeito e do acolhimento à população LGBTQIA+;

A roda de conversa “Entre a Vida e a Arte – Artistas LGBTQIA+”, que ocorre no dias 20 de outubro, reúne Gretta Starr, Monique Malcher, Martte com mediação de Caê Vasconcelos. O encontro tem a intenção de debater sobre a contribuição das/os/es artistas LGBTQIA+, refletindo sobre suas trajetórias no contexto das artes.

O curso online “Personagens LGBTQIA+ na ficção audiovisual seriada brasileira”, nos dias 26, 27 e 28 de outubro, com Lucas Martins Néia, faz uma análise sobre as representações LGBTQIA+ propostas pela ficção televisiva brasileira ao longo do tempo, desde a época da TV ao vivo até ao atual contexto multitela. (Programação completa no site do Sesc Santo Amaro aqui).

Gretta Starr (Foto: Acervo pessoal)

Aretuza Lovi estreia terceira temporada de websérie que apresenta ao lado do filho Noah

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A drag queen Aretuza Lovi estreia a terceira temporada da websérie “Pedacinho de Amor”, nesta quarta-feira (12), e, desta vez, também será publicada no canal do YouTube da cantora. As demais temporadas estão exclusivamente no Instagram da artista.

O show, que surgiu durante a pandemia, tem como protagonista Aretuza Lovi e seu filho Noah. A websérie mostra um pouco mais da relação entre pai e filho para além das redes sociais. “Sentíamos a necessidade de mostrar um pouco mais sobre as famílias da diversidade, e foi por isso que criamos a série, já que estas relações existem, mesmo que a sociedade nos negue”, destaca Aretuza.

“O programa também serve pra conectar outros papais e mamães que também vivem este cotidiano e incentivar e apoiar aquelas famílias ou aquela pessoa que tem vontade de formar uma, independente de quem seja”, acrescenta a drag queen e apresentadora.

Aretuza e Noah (Foto: Divulgação)

Apesar da pouca idade, Aretuza afirma que o filho Noah é um dos grandes tomadores de decisão da série e também ajudou a idealizar o projeto: “Ele, apesar de novo, já tem consciência da importância da série e de mostrarmos nossa realidade, além de ressaltar que tudo bem ter dois papais ou duas mamães, ou qualquer configuração familiar, desde que haja amor e carinho”, aponta Aretuza.

A terceira temporada conta com seis episódios, de aproximadamente cinco minutos, onde Aretuza e Noah respondem comentários de fãs, haters, fazem brincadeiras sensoriais que estimulam os cinco sentidos, leiturinha e até receitas. Por se tratar de um programa que retrata muito o cotidiano da dupla, Aretuza ainda aparece “desmontada”, sem a caracterização de drag queen.

Aretuza e Noah (Foto: Divulgação)

Rodrigo Mancusi e 2DE1 realizam show gratuito no Centro Cultural da Diversidade

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Rodrigo Mancusi, vocalista da banda paulista Abacaxepa, e a dupla 2DE1 dividem o palco do Centro Cultural da Diversidade (CCD) no próximo domingo (16), às 18h, com entrada gratuita. O encontro entre os artistas ocorreu em 2019 na SIM São Paulo, que propõe justamente o encontro de diferentes artistas para networking e trocas artísticas.

Pela semelhança estética em seus trabalhos e público, que se resume a um público jovem, amante de música pop independente, do soul e R&B nacional e com apreço a artistas LGBTQIAP+, os artistas quiseram desenvolver algo juntos, desde o primeiro encontro. A noite no CCD será marcada por dois shows, sendo abertura de Rodrigo Mancusi e depois show de 2DE1.

Rodrigo Mancusi faz seu primeiro show solo com banda – composta por Érica Motta na guitarra, Ariel Coelho na percussão e Ivan Gomes no baixo e na direção musical. O artista se prepara para lançar seu primeiro EP solo no início do próximo ano, mas em setembro deu uma prévia do que virá e lançou o single “Notícias de Longe” em todas as plataformas digitais pelo Selo Relva.

“Notícias de longe” é o primeiro single da carreira solo de Rodrigo Mancusi e conta com produção de Ivan Gomes e a coprodução do próprio artista. A canção foi a primeira música de ódio escrita por Mancusi e trata sobre uma desilusão, dirigindo-se não apenas a relações amorosas como a qualquer outro tipo de relação.

Já 2DE1 utilizará da noite para voltar aos palcos paulistas depois de meses levando o show de “Emersão” a outras cidades do Brasil. O show de 2DE1 conta com a participação de Rodrigo em uma faixa do disco da banda, consolidando o encontro dos projetos para além de diferentes shows.

2DE1 (Foto: Gustavo Dantas/Rudá Melo)

Serviço

Show de Rodrigo Mancusi e 2DE1
Onde: Centro Cultural da Diversidade – R. Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi, São Paulo – SP;
Quando: Domingo, 16 de outubro de 2022, às 18h;
Entrada gratuita – retirada uma hora antes no local

Festa Castro realiza edição Halloween neste sábado em São Paulo

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A Festa Castro realiza sua edição de Halloween, no próximo sábado (15), em uma fábrica de brinquedos abandonada, na Barra Funda. No lineup, centrado em música eletrônica, Claptone e Bruno Be são os headliners da festa.

Além das apresentações no lineup, a festa terá Purple Carpet, com fotos profissionais em backdrop especial com oito metros, Beauty Studio Absolut e Beauty Studio Havana, com estações de maquiagens e double drink de Absolut. Em ambas as ações de maquiagem, o público receberá o atendimento de um time de profissionais 100% trans, formados pela Casa1.

Claptone é conhecido por ser o anfitrião da festa The Masquerade e especialista nos gêneros musicais house e tech house. O DJ e produtor Bruno Be é outro artista que agita as pistas do Halloween, referência no estilo deep house, e uma das grandes apostas da noite. Já Lily Scott, idealizadora da Castro, traz toda sua referência pop às pick ups, juntamente de convidados especiais como Ledah, Cardume DJs, From House To Disco e Kidzz, que também se apresentam na festa.

A Castro aposta na diversidade em diferentes contextos e esferas; Com foco na música eletrônica e no público LGBTQIAP+, o cenário desta edição de Halloween, criará uma atmosfera em que brinquedos ganharão vida e que, com o corpo de baile e as Castro Queens, farão da noite uma data “assustadoramente inesquecível”, de acordo com a organização.

Claptone (Foto: Andreas Waldschuetz)

Serviço 

Festa Castro Halloween
Local: Rua Moisés Kauffmann, Nº 158 – Barra Funda, São Paulo  – Fábrica de Brinquedos;
Data: 15/10 – sábado, das 20h às 8h;
Ingressos aqui –  a partir de R$100, dependendo da modalidade e lote.

Peça em que Herson Capri interpreta pai de drag queen estreia em Belo Horizonte

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O espetáculo “A Vela” desembarca em Belo Horizonte (MG) neste final de semana. A apresentação ocorre no sábado (15), às 21h, no Grande Teatro Unimed BH, do Cine Theatro Brasil Vallourec. Escrita por Raphael Gama e com direção de Elias Andreato, a peça tem no elenco os atores Herson Capri e Leandro Luna.

Em “A Vela”, após o falecimento de sua esposa, o velho professor Gracindo (Herson Capri), se muda para um asilo, por conta própria, depois de se ver muito sozinho, principalmente, por ter rompido relações com o filho e o ter expulso de casa, por causa da sua orientação sexual.

Espetáculo “A Vela” (Foto: Divulgação)

Prestes a se mudar para uma nova vida, Gracindo precisa empacotar suas coisas e acaba revirando seu passado, enquanto a falta de luz o obriga a usar uma vela. No entanto, quem chega para o ajudar nessa mudança é Cadú, ou melhor, Emma Bovary (Leandro Luna), seu filho drag queen que retorna para tentar as pazes com seu velho pai e entender o que fez um homem tão culto agir de forma tão violenta. Os dois têm apenas o tempo da vela se consumir para essa conversa se resolver.

É uma história contada com delicadeza para que o espectador possa se identificar com os personagens. O nosso objetivo é mergulhar numa relação verdadeiramente teatral e humana. Para mim o teatro sempre será a arena necessária para debater todas as formas de preconceitos“, comenta o  diretor do espetáculo.

É muito importante, principalmente nos dias de hoje, estarmos em constante discussão sobre as diferenças e estimularmos a tolerância e o respeito ao próximo. Vivemos tempos muito polarizados, onde o conceito de moral e conservadorismo tem alimentado a sociedade com discursos odiosos, segregacionistas, em vez de criar o diálogo respeitoso e democrático. Precisamos, através da arte, propor o discurso de temáticas que incentivem o respeito principalmente, a partir do ponto de vista da educação familiar”, diz o ator Leandro Luna.

Já Herson Capri ressalta a atualidade do tema que permeia tantas famílias em todo o mundo. “A peça discute preconceito, acolhimento e a relação familiar de uma forma inteligente e sensível. Os preconceitos estão por aí, à nossa volta, o tempo todo. Convivemos, de uma forma ou outra, com pessoas conservadoras e até negacionistas. Acho que a arte tem o dever de abordar os temas que tocam e afligem a sociedade. Acolher as diferenças é um deles. E negá-las, também é preciso ser discutido“, salienta.

Espetáculo “A Vela” (Foto: Divulgação)

Serviço

Espetáculo A Vela

Local: Grande Teatro Unimed do Cine Theatro Brasil Vallourec | Av. Amazonas, 315 – Centro;
Data: 15 de outubro, às 21h;
Duração: 70 minutos;
Classificação etária: 12 anos;
Pontos de venda de ingressos:
Bilheterias do Cine Theatro Brasil – (31) 3201-5211
Loja Eventim – Shopping 5ª Avenida (sujeito a taxa de conveniência)
Rua Alagoas, 1314 – Loja 20C – Savassi – Belo Horizonte;
Vendas on-line: www.eventim.com.br

Trade turístico de Paraty receberá capacitação sobre Turismo LGBT+

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A cidade de Paraty, no estado do Rio de Janeiro, receberá pela primeira vez a capacitação “Entender para Melhor Atender”. O treinamento com foco no bom atendimento ao turista LGBT+ acontecerá no dia 17 de outubro e espera receber mais de 100 profissionais do setor em um dia todo de sessões educacionais.

O evento encabeçado pelo Paraty CVB é organizado pela Diversa Pride,  empresa focada em turismo LGBT+ que também é a responsável pela LGBT+ Turismo Expo, maior evento B2B de turismo LGBT+ da América Latina. Para Alex Bernardes, proprietário da Diversa Pride Marketing, a capacitação eleva o destino perante a comunidade LGBTQIAP+ e ajuda a passar a mensagem que muito mais que aceito, o turista desta comunidade é celebrado.“Estou muito feliz que o evento tenha dado certo. Foram meses de negociação e preparação para que a gente pudesse oferecer o melhor conteúdo possível para os profissionais que estarão presentes. Tenho certeza que o treinamento ajudará também a reafirmar a qualificação de Paraty como um destino LGBT+ friendly”, celebra Bernardes.

A equipe de palestrantes é formada por Fernanda Dias, profissional de hotelaria e consultora de diversidade e inclusão, Marcell Filgueiras, jornalista especializado em temas da comunidade LGTQIAP+ e Clóvis Casemiro, coordenador Brasil da Associação Internacional de Turismo LGBT+ (IGLTA), entidade presente em mais de 80 países e com mais de 2000 membros do setor de turismo.

Durante o treinamento, os participantes terão acesso a temas como “Vieses Inconscientes”, “Conceitos da Comunidade LGBTQIAP+”, “Entendendo a Sigla”, “Conceito de Gênero e Sexualidade”, “Boas Práticas de Atendimento”, “Gestão de Conflitos” e mais.. Além disso, os empresários presentes receberão dicas de como atrair e se comunicar com os turistas da comunidade LGBTQIAP+.

Para o Paraty CVB, o evento é a oportunidade de melhorar ainda mais o atendimento a este público, que já é recebido na cidade há muito tempo, e também de reforçar a imagem da cidade como um destino diverso e acolhedor. “Entendemos que um destino de potência internacional como Paraty precisa estar alinhado às expectativas de hospitalidade de todos os públicos que visitam, injetam recursos financeiros e beneficiam todo o setor, público e privado, como pousadas, agências de turismo, restaurantes, bares e turismo náutico. Paraty tem que ser para todos e paratodes”, destaca Sebastian Buffa, Presidente do Paraty CVB.

Paraty (RJ) investe em capacitação para atrair mais turistas LGBT+ Divulgação
Paraty (RJ) investe em capacitação para atrair mais turistas LGBT+ – Divulgação

“Estamos muito confiantes e, ao mesmo tempo, orgulhosos com o tamanho aprendizado adquirido nos últimos meses a respeito do tema LGBTQIAPN+. Especificamente no comércio, área na qual me incluo, temos que entender que o mundo mudou, aconteceram avanços e o trato com o público deve ter mais atenção e cuidado. Estamos adquirindo um conhecimento muito interessante sobre diversidade e inclusão com o programa Paratodes Paraty, que abarca essa próxima capacitação”, Cristiana Fernandes, sócia da Átame, a primeira marca de moda inclusiva de Paraty, e uma das fundadoras do Paratodes Paraty.

Segundo Alexandre Carvalho, proprietário da Casas do Pátio, pousada e restaurante LGBT+ de Paraty, também fundador do Paratodes Paraty e um dos organizadores do evento, a capacitação trará um novo posicionamento para o destino: “É notória a presença cada vez maior de turistas LGBT+ nacionais e estrangeiros. Estamos nos aperfeiçoando em termos de atendimento, concierge e facilities. Somos a 1a pousada a assumir na fachada as bandeiras trans, lésbica, lgbt+ e de ursos e seus admiradores. Simplesmente queremos tratar bem como somos bem tratados em destinos LGBT+ dentro e fora do país”.

Serviço: “Entender Para Melhor Atender”
Data: 17/10/2022 – Segunda-feira
Local: Casa da Cultura de Paraty
Horário: 9:00 as 17:00

Peça “Levante” costura romance e resistência entre dois casais de mulheres em épocas diferentes

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Em 19 de agosto de 1983, um movimento encabeçado por mulheres lésbicas no Ferro’s Bar dá início ao que se torna o Dia da Visibilidade Lésbica. Em 2018, um casal de mulheres que estava frequentando um quiosque em Santos sofreu agressões lesbofóbicas e as pessoas ao redor decidem gravar o ocorrido em vez de socorrê-las. São nestes dois momentos históricos que se passa o enredo de Levante, espetáculo idealizado e escrito por Andrezza Czech, dirigido por Eliana Monteiro, que também assina cenografia, e com elenco composto por Andrezza Czech, Jéssica Barbosa, Tay O’Hanna e Vanessa Garcia. A estreia será dia 14 de outubro de 2022, no Centro Cultural São Paulo.

A peça acompanha a trajetória afetiva e de resistência de dois casais de mulheres que vivem nesses dois tempos distintos, vivendo situações que muitas vezes se assemelham. “Pensar nesses dois momentos com situações e reivindicações tão parecidas é a grande questão do espetáculo”, conta Eliana Monteiro, diretora que optou criar, em sua cenografia, dois espaços bem delimitados para cada casal que situa, a partir do figurino e da iluminação, as suas épocas.

Apesar de nunca haver um encontro entre os casais, partes do texto se mesclam, em uma estrutura de duplas que reforça a violência a que essas mulheres foram expostas. Eliana conta que há uma aproximação factual com os episódios lesbofóbicos ocorridos nessas duas épocas, mas as personagens são fictícias. “Trata-se também de histórias de amor. Essas personagens espelhadas e suas falas simultâneas também apontam para uma narrativa de carinho e presença”, conta a diretora.

Levante também remonta a períodos trágicos da história brasileira, como as ordens de “limpeza” exercidas durante a Ditadura Civil Militar, que sob o nome Operação Sapatão, levava mulheres que estavam em bares para a delegacia e a queima de livros de autoras homossexuais, como Cassandra Rios, que teve 36 de suas 50 obras censuradas durante o governo militar. A costura do enredo também se dá por meio de uma estação mal sintonizada de rádio com informações dos jornais publicados na data da Proclamação da República, em 1889.

Laís Catalano
Foto: Laís Catalano

Sobre Eliana Monteiro

Mestranda em artes cênicas na ECA – USP. Formada em artes cênicas pela Universidade São Judas, em interpretação pela Escola Superior de Teatro Célia Helena, e em direção pela Escola Livre de Santo André. Encenadora e orientadora artístico-pedagógica de escolas e grupos de teatro.

Integra o grupo Teatro da Vertigem desde 1998, tendo sido responsável pela direção da intervenção urbana A Última Palavra é a Penúltima 2.0 (2008 e 2014), por ocasião da 31a. Bienal de São Paulo, e dos espetáculos Mauísmo, Kastelo e O Filho. Este último, em 2015, foi apresentado em duas temporadas: no SESC Pompeia e no Centro Cultural Vila Itororó. Co-dirigiu o espetáculo Bom Retiro 958 Metros; participou como diretora de cena e assistente de direção dos espetáculos: O Paraíso Perdido, O Livro de Jó, Apocalipse 1,11, BR-3, História de Amor – Últimos capítulos, Dire ce qu’on ne pense pas dans des langues qu’on ne parle pas; e nas óperas Dido e Enéas e Orfeo ed Euridice.

Foi indicada ao Prêmio Shell de Teatro 2006, na categoria especial, pela direção de cena e logística de apoio à cena do espetáculo BR-3. Desde 2009, coordena o núcleo de encenação do Programa Vocacional da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, e, desde 2013, coordena o Projeto Espetáculo das Fábricas de Cultura do Estado de São Paulo. É formadora convidada do curso de Direção Teatral da SP Escola de Teatro. Em 2015, integrou a 26ª Comissão julgadora de Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo, e participou, como uma das curadoras, da Mostra de Teatro do Maranhão.

Em 2017 dirigiu a peça Enquanto Ela Dormia em temporada no Sesi Paulista, tendo circulado em centros culturais em São Paulo. Curadora das atividades pedagógicas da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo em 2018/2019. Curadora das atividades pedagógicas do FIT – Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto em 2019. Participou como artista convidada no III Seminário Internacional de Artes Escénicas: El cuerpo y el espacio (PUC-Peru), onde realizou uma conferência sobre a intervenção A Última palavra é a penúltima, no seminário conduziu o workshop – O que te esgota na sua cidade?.

Na 7° Mostra de Artes do Porto Iracema, em Fortaleza, fez tutoria para a intervenção urbana Mapa do Flaneur em Sobral. Em 2020, a convite da 11th Berlin Biennale, participa da intervenção urbana “Marcha a Ré”.

Sobre Andrezza Czech

Andrezza Czech é atriz, roteirista, dramaturga, diretora e jornalista, formada por Faculdade Cásper Líbero, ELT, SP Escola de Teatro, Roteiraria e Academia Internacional de Cinema. É diretora, roteirista e atriz dos curtas-metragens Casa (2020; prêmio do público na Mostra Cinemulti e indicado a melhor filme LGBT+ no Unified Filmmakers Festival); Fora de Época (2020; menção honrosa do júri no Festival de Cinema de Vitória e seleção oficial de festivais como MixBrasil, Mostra de Cinema de Tiradentes, Inside Out Toronto, e International Queer Film Festival de Hamburgo); e 62 segundos (2020; vencedor do DepicT Brasil); e dos videoclipes Lua Nova (2021) e Salomé (2021; vencedor do California Music Video & Film Awards).

Em 2022, seu texto Levante foi premiado pelo Edital da 8ª Mostra de Dramaturgia do CCSP, e o projeto “Manual da (não tão) Nova L” foi finalista do concurso de Roteiros na categoria Piloto de Série e recebeu menção honrosa do júri pelo FRAPA. Como dramaturga, teve leitura encenada de seu texto cabra-cega dirigida por Aysha Nascimento no Núcleo de Dramaturgia do SESI-SP (2019) e realizou monólogos autorais nos espetáculos digitais Polaroides Secretas (2020), direção de Renato Andrade, e Fracasso Festival (2021), com direção de Ronaldo Serruya e Fabiano Dadado de Freitas. Também atuou em peças como Fissura (2019), direção de Maria Amélia Farah (Cia. Hiato) e O Espectador Condenado à Morte (2016 a 2017), direção de Thiago Ledier para a Companhia Teatro da Dispersão, da qual é co-fundadora.

Sinopse

Quatro mulheres. Dois casais em diferentes tempos, tentando ocupar os mesmos espaços. Enquanto umas passam pelos principais atos do movimento lésbica-feminista durante a ditadura militar brasileira, outras se recusam a sucumbir à violência dos tempos atuais. Da Operação Sapatão e o Levante no Ferro’s Bar nos anos 80 a um episódio de lesbofobia ocorrido em 2018, Levante traz o amor e a luta de mulheres lésbicas que existem, resistem e insistem em rir onde esperam suas lágrimas.

Ficha Técnica

Idealização e dramaturgia: Andrezza Czech (@andrezzaczech)
Direção e cenografia: Eliana Monteiro (@lili.moonteiro)

Elenco: Andrezza Czech, Jéssica Barbosa (@onomedelaejessicabarbosa), Tay O’Hanna (@tamirysohanna), Vanessa Garcia (@vanessagarciaonline)

Assistência de direção: Lu Maya (@lu.umaya)

Preparação corporal: Camila Rocha (@sendoarocha)

Desenho de luz: Aline Santini (@performphoto)

Figurino: Lívia Barros (Ken-gá Bitchwear @kengawear)

Trilha sonora original e sonoplastia: Jo Coutinho (@jocoutinhooo)

Musicista em cena: Canhestro (@_canhestro)

Fotografia: Laís Catalano Aranha (@lais.c.aranha)

Produção: Corpo Rastreado (@corporastreado)

Assessoria de imprensa: Canal Aberto (@canal_aberto)

Apoio: Teatro da Vertigem (@teatrodavertigem_)

Realização: Centro Cultural São Paulo (@centroculturalsp)

SERVIÇO

Levante

Temporada: 14 de outubro a 6 de novembro de 2022*

Quinta, sexta e sábado, 21h; domingo, 20h

*Não haverá sessão dia 30 de outubro, data do segundo turno | Sessões extras: 26/10 e 02/11

Local: Centro Cultural São Paulo – Sala Ademar Guerra – Porão

Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP, 01504-000

Classificação indicativa: 14 anos

Capacidade: 60 pessoas

Duração: 60 minutos

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

À venda pelo site da Sympla

Centros de Cidadania LGBTI+ de SP oferecem bolsas, assistência jurídica, psicológica e social

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Há 10 anos, Jaqueline Leon Novak, 53 anos, participa do programa Transcidadania, no Centro de Referência e Defesa da Diversidade (CRD) Brunna Vallin, administrado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) em parceria com a organização social Pela Vidda. Ela frequenta o espaço desde os tempos em que a própria Brunna, uma referência para travestis e mulheres transexuais, trabalhava no equipamento.

Os desentendimentos familiares começaram quando, aos 15 anos, seu corpo apresentou os traços femininos desejados, com o desenvolvimento dos seios. Aos 18 anos, com a situação cada vez mais tensa, foi expulsa de casa. Com a ajuda da advogada que atua no CRD, ela conseguiu a retificação do seu nome em cartório, direito que pleiteava desde 2019. 

Com a bolsa-auxílio de R$ 1.276,60 que recebe do programa Transcidadania, ela paga o aluguel, frequenta as atividades no CRD e as aulas na escola municipal onde cursa o ensino fundamental na Educação de Jovens e Adultos (EJA). O Transcidadania me ajuda bastante, hoje sou uma outra pessoa, bem mais calma. Pena que são só dois anos de programa“, conta Jaqueline. 

O Transcidadania atua em três eixos: autonomia, cidadania e oportunidades. O sucesso do programa contribuiu para a ampliação do número de bolsistas a cada ano. Em 2020, as vagas saltaram de 240 para as atuais 660, distribuídas igualitariamente entre os cinco equipamentos da SMDHC para o público LGBTI+. 

Esse é dos principais programas ofertados pelos Centros de Cidadania LGBTI+ e é referência internacional por seu caráter inovador, de redistribuição e geração de renda. Ele é dirigido a travestis, mulheres transsexuais e homens tran. Uma das condições para participar do programa é estar matriculado em cursos de jovens e adultos do ensino fundamental ou médio em escolas públicas, visando a inserção no mercado de trabalho.

Durante os 24 meses de atividades do programa, também estão incluídos apoio psicológico, jurídico, social e pedagógico, oficinas, cursos de capacitação, além de reforço escolar. Os Centros de Cidadania LGBTI+ também atendem a população para receber denúncias de violência contra a comunidade LGBTI+ e prestar orientações sobre serviços disponíveis, assistências jurídica, psicológica e social.

Além dos Centros de Cidadania LGBTI+, que estão em todas as regiões da cidade, a prefeitura dispõe de outros programas para essa população, como o “Respeito tem nome” e o “Cadastro LGBTI+“, uma importante fonte de dados para a formulação de políticas públicas mais dirigidas à população LGBTI+ e medidas de combate a violação de direitos.

Serviço

Endereços dos Centros de Cidadania LGBTI

Centro de Cidadania LGBTI Claudia Wonder (Zona Oeste)
Avenida Ricardo Medina Filho, 603 – Lapa
Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Telefone: (11) 3832-7507
centrolgbtoeste@prefeitura.sp.gov.br

Centro de Cidadania LGBTI Laura Vermont (Zona Leste)
Avenida Nordestina, 496 – São Miguel Paulista
Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Telefone: (11) 2032-3737
centrolgbtleste@prefeitura.sp.gov.br

Centro de Cidadania LGBTI Luana Barbosa dos Reis (Zona Norte)
Praça Centenário, 43 – Casa Verde
Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Telefone: (11) 3951-1090
centrolgbtnorte@prefeitura.sp.gov.br

Centro de Cidadania LGBTI Edson Neris (Zona Sul)
Rua: Conde de Itu, 673 – Santo Amaro
Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Telefone: (11) 5523-0413 / 5523-2772
centrolgbtsul@prefeitura.sp.gov.br

Centro de Referência e Defesa da Diversidade Brunna Valin (CRD)
Rua Major Sertório, 292/294 – República
Segunda a sexta-feira,das 11h às 20h
Telefone: 11 3151-5786 / 5783
crdbrunavalin@prefeitura.sp.gov.br