Morreu o cineasta e professor Djalma Limongi Batista, aos 75 anos, na última terça-feira, dia 14 de fevereiro. A confirmação veio de um amigo próximo, mas a causa da morte não foi divulgada.
Batista é reconhecido entre os LGBTQIA+ pelo seu pioneirismo em retratar um relacionamento homoafetivo no curta-metragem “Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora” de 1968, chegando a ganhar prêmios de “Melhor Filme”, “Melhor Direção” e “Melhor Roteiro” no Festival de Curtas do Jornal do Brasil.
Nascido em Manaus (AM), outros sucessos de Djalma Limongi Batista incluem os filmes “Asa Branca: Um Sonho Brasileiro” (1981), “Brasa Adormecida” (1986) e “Bocage: O Triunfo do Amor” (1997).
“Asa Branca” foi seu primeiro longa-metragem do cineasta e também o primeiro trabalho protagonizado pelo Edson Celulari, que lamentou a morte do cineasta. “Djalma foi para São Paulo, com seu irmão Guto, para criar um cinema autoral e criativo”, escreveu o ator no Instagram “[Batista] nos deixou para, no céu, fazer muitos outros filmes, com o seu olhar cheio de irreverência”, disse. “Obrigado pela sua arte, meu amigo, e que Deus te receba com todas as honras. Fica em Paz”, acrescentou Celulari.
Já em “Bocage: O Triunfo do Amor“, a história se inspira na vida, obra e lenda do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, sÃmbolo libertário da sexualidade dos paÃses de lÃngua portuguesa. Em um painel que abrange poemas de todos os gêneros, o filme abre com o episódio baseado no poema que conta a história da bela e requintada cortesã Manteigui que, ao apaixonar-se pelo poeta indomável, acaba redimindo-se no amor. Também é narrado o episódio baseado na poesia que conta a história de duas amigas, Olinda e Alzira, seduzidas e enganadas por Bocage disfarçado. Há o episódio da morte de Josimo, fiel amigo de Bocage, no qual o poeta canta a saudade, sentimento maior da lÃrica da lÃngua portuguesa.