O ator David Yost, mais conhecido como o Ranger Azul da primeira temporada de Mighty Morphin Power Rangers nos anos de 1990, concedeu uma entrevista à Entetainment Weekly e elogiou que o especial da Netflix focou na representatividade.
Na história de Power Rangers: Agora e Sempre há uma cena em que a personagem Minh Kawn, a filha da Ranger Amarela original, Trini Kwan, ajuda um homem e seu namorado a lutarem contra os inimigos.
“Acho ótimo que adicionemos um elemento como esse, porque é muito importante que as pessoas vejam representação”, disse ele. “Demorou muito tempo para chegar aqui. Então, ter isso nesse especial, eu acho que é ótimo, e apenas tê-lo como se fosse algo cotidiano, acho que é incrÃvel”
“Sendo um ator que estava em um dos programas infantis de maior sucesso na época, à s vezes eu ficava envergonhado porque não queria que as pessoas soubessem o que eu estava passando e o que eu tinha passado”, disse Yost em uma entrevista anterior à EW. “No começo, eu certamente não queria que as pessoas soubessem que eu era gay. Eu me coloquei em terapia de conversão porque eu não queria ser gay. E eu realmente lutei e lutei e lutei com isso. E infelizmente eu tive um colapso nervoso e eu entrei em um hospital por cinco semanas e tive que começar o processo de aprender a me aceitar, o que foi muito difÃcil; demorei muitos anos para isso.”
David Yost, que é gay, relatou que sofreu bullying e discriminação por parte de membros da equipe de produção de “Power Rangers”. Ele afirmou que ouviu comentários homofóbicos e insultos, além de ter sido pressionado a esconder sua sexualidade e a se vestir de maneira mais masculina. Essa situação causou um grande impacto emocional em Yost, levando-o a sofrer de ansiedade e depressão.
Apesar de ter deixado a série antes do final da produção, Yost se tornou um Ãcone para muitas pessoas LGBT+ por ter tido coragem de falar sobre a homofobia que enfrentou nos bastidores de “Power Rangers”. Ele se tornou um ativista pelos direitos LGBT+ e já deu entrevistas e palestras em que aborda a importância da visibilidade e do respeito à s pessoas LGBT+ na indústria do entretenimento.