Rudolf Nureyev: cinebiografia na Netflix (2018) e minibio

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“O impressionante e comovente documentário dos diretores indicados ao BAFTA, Jacqui e David Morris, traça a vida extraordinária de Rudolf Nureyev, o dançarino masculino mais famoso que transcendeu a fama no mundo da dança para se tornar um ícone da cultura pop de seu tempo. Ele traça sua ascensão de origens humildes, até sua eventual deserção para o Ocidente, um evento que chocou o mundo. O filme contextualiza não apenas o homem, mas também os tempos em que viveu, discutindo a divisão politicamente carregada entre a Rússia e o Ocidente e o papel crítico que Nureyev desempenhou como fenômeno cultural e global. Misturando imagens nunca antes vistas, uma trilha sonora original  do premiado compositor Alex Baranowski e uma série fascinante de quadros exclusivos de dança moderna dirigidos pelo ex-aluno do Royal Ballet Russell Maliphant, Nureyev é uma experiência teatral e cinematográfica como nenhuma outra cinebiografia”. (Divulgação – Documentário Nureyev, 2018)

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Considerado o maior bailarino do século 20, Rudolf Nureyev Khametovich nasceu em 17 de março 1938 num trem perto de Irkutsk, quando sua mãe viajava através da Sibéria em direção a  Vladivostok, onde o pai, um comissário político do Exército Vermelho, estava estacionado.

Foi criado numa vila perto de Ufa, na República Autônoma Socialista Soviética de Bashkiria.

Rudolf Nureyev -1974. Foto André Chino
Rudolf Nureyev -1974. Foto André Chino

Minilinha do tempo

4 abril de 1938: registro do nascimento na prefeitura de Razdolnaïa. O horário ficou impreciso porque a noite cai muito cedo na Sibéria naquela época do ano.

Julho de 1939: Acompanhado da mãe e irmãs, a criança viaja durante 14 dias no expresso transiberiano para chegar a Moscou, para onde o pai foi transferido.

Outubro 1941: Sem o pai, novamente mobilizado, a família deixa Moscou logo nos primeiros bombardeios da 2ª Guerra Mundial para viver em Tchichouana, num pequeno quarto de 9 metros quadrados. O menino participa com seu talento nato, em apresentações folclóricas e  sua precocidade foi logo percebida. A perturbação na vida cultural soviética impediu que Nureyev se matriculasse numa escola de balé.

1955: Agora aluno do Instituto Coreográfico Vaganova, ligado ao Ballet Kirov de Leningrado, é considerado o melhor aluno que a escola já tinha recebido. Em dois anos, tornado um dos dançarinos mais conhecidos da Rússia,  tem, praticamente  status de herói nacional. Teve o raro privilégio de viajar para fora da União Soviética, quando dançou em Viena, no Festival Internacional da Juventude. Por suas atitudes extravagantes, principalmente na área da sexualidade, foi informado da proibição de viajar para o exterior, ficando restrito às províncias da URSS.

1961: O  bailarino do Kirov, Konstantin Sergeyev foi ferido, e no último minuto, Nureyev foi escolhido para substituí-lo em uma apresentação em Paris Ali, sua performance maravilhou o público e a crítica mas, novamente insubordinado, se misturou com os estrangeiros e foi informado que deveria voltar imediatamente para casa. No dia 17 de junho, no Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, pediu asilo político. Imediatamente, foi convidado a fazer parte da equipe do Ballet do Marquês de Cuevas

1962: apresentações no  Covent Garden de Londres (Giselle com Margot Fonteyn). Excepcionais interpretações de coreografias de Frederick Ashton, Rudi van Dantzig, Roland Petit, Maurice Béjart, George Balanchine, Glen Tetley, Martha Graham e Murray Louis. Setembro de 1983: nomeado Diretor de Dança da  Opéra de Paris.

Setembro de 1983: nomeado Diretor de Dança da  Opéra de Paris.

1988: Nomeado Cavaleiro da Legião de Honra da França.  Só voltou à Rússia novamente em 1889, a convite especial de Mikhail Gorbachev. Deixa o posto de Diretor de Dança na Ópera, mas continua sendo o coreógrafo principal.

1992: Torna-se Comendador das Artes e Letras e, em outubro,  faz a última aparição pública dirigindo a estreia parisiense de uma nova produção de La Bayadère.

Nureyev morreu em 6 de janeiro de  1993, em Paris, por complicações decorrentes da Aids.

Nureyev e Margot Fonteyn em Copacabana
Nureyev e Margot Fonteyn em Copacabana – Reprodução

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Maravilhoso solo em “A bela adormecida”

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Sobre o documentário:
https://miscelana.com/2022/01/05/nureyev-o-documentario

Nureyev no Brasil:
http://operaeballet.blogspot.com/2019/10/quando-nureyev-em-um-espetaculo.html

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