No final do século 19 e inÃcio do século 20, os novos artistas europeus começaram a romper os paradigmas dos Mestres do passado. A Teoria da Relatividade e a Psicanálise foram um reflexo dessa mudança.
Historiadores identificam o inÃcio da Arte Moderna com a chegada do Impressionismo, do Fauvismo, do Cubismo e a popularização da escultura africana e da arte oriental.
Fevereiro de 1922 – Aproveitando o centenário das comemorações do Independência, a chamada Semana de 22- uma exposição no Teatro Municipal de São Paulo, com cerca de cem obras e três encontros literários cercados de reações negativas do público – foi a primeira manifestação coletiva pública dessa mudança na história cultural do Brasil.
Debates sobre a necessidade de renovação no campo das artes já se realizavam desde os anos 10 do século passado.
A Semana de Festejos de Deauville (na França) serviu como modelo e o mecenas Paulo da Silva Prado, da tradicionalÃssima famÃlia paulista, tornou o projeto realidade,conseguindo que outros “barões do café”, através de generosas doações, encampassem a ideia.
Foi Paulo Prado que convenceu Graça Aranha a aderir à causa. Romancista famoso e recém-chegado da Europa, sua presença foi fundamental para avalizar as propostas dos jovens e desconhecidos modernistas.
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Durante sua conferência na tarde de 15 de fevereiro de 1922, Oswald de Andrade faz uma das primeiras formulações de ideias estéticas e modernas no Brasil.
Esta conferência, desenvolvida em forma de ensaio, foi publicada em 1925 com o nome de “A Escrava Não É Isaura”.
Diz um crÃtico literário sobre a obra: “O autor entrevê a importância de moderar a importação de estética moderna que se opõe ao nativismo, movimento de retorno à s raÃzes da cultura popular brasileira”
Nos anos seguintes à Semana, a questão da dinâmica entre o que é nacional e o que é importado foi a principal preocupação dos artistas que participaram do movimento.
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Gostaria de terminar o texto sobre a Semana de 1922 citando o chamado Salão Revolucionário, ou a  38ª Exposição Geral de Belas Artes ou o Salão de 1931, sua consequência lógica e ,para isso, utilizando como fonte texto do site do itaú Cultural:
“É como Salão Revolucionário que fica conhecida a 38ª Exposição Geral de Belas Artes de 1931, em razão de ter abrigado, pela primeira vez, artistas de perfil moderno e modernista.Â
Realizado no curto perÃodo de Lucio Costa na direção da Escola Nacional de Belas Artes – Enba, de 1930 a 1931, o Salão Revolucionário sinaliza o esforço do arquiteto de modernizar o ensino de arte no paÃs e de abrir as mostras oficiais, até então dominadas pelos artistas acadêmicos, à  arte moderna.Â
 A própria composição da comissão organizadora do Salão, a partir de então, indica sua vocação renovadora: além de Lucio Costa, Manuel Bandeira (1886 – 1968), Anita Malfatti, Cândido Portinari e Celso Antônio, todos ligados ao movimento moderno“.