Um estudo realizado pela Stanford University School Medicine e publicado pela revista cientÃfica The World Journal of Men´s Health no dia 14 de fevereiro concluiu que o tamanho médio do pênis ereto aumentou 24% nos últimos 29 anos no mundo inteiro. Segundo a pesquisa, o comprimento médio era 12,1 centÃmetros há 29 anos, e atualmente está 15,2 centÃmetros.
A pesquisa compilou dados de 75 estudos realizados entre 1942 e 2021, avaliando o comprimento do pênis de 55.761 homens cis gênero de 18 a 86 anos. Segundo os pesquisadores, a razão pelo aumento em pouco tempo se dá por hábitos considerados não saudáveis, como se alimentar com fast food, não ter uma alimentação saudável, não realizar atividades fÃsicas e também ingestão de pesticidas por meio de alimentos. Esses pontos acabam desregulando o sistema endócrino.
Um dos autores do estudo, o médico e professor de Urologia Michael Eisenberg, explica que produtos quÃmicos que desregulam o sistema endócrino existem no ambiente e na alimentação. “À medida que mudamos a constituição do nosso corpo, isso também afeta nosso ambiente hormonal. A exposição a produtos quÃmicos também foi apontada como uma causa para meninos e meninas entrarem na puberdade mais cedo, o que pode afetar o desenvolvimento genital”, afirma.
O médico também aponta que houve várias mudanças na saúde reprodutiva dos homens. “Por exemplo, a contagem de esperma e os nÃveis de testosterona estão diminuindo há muito tempo. Há também taxas mais altas de defeitos congênitos masculinos, como hipospádia, em que a abertura da uretra não fica na ponta do pênis, e criptorquidia, em que os testÃculos não descem adequadamente. Outra medida que vimos relatada em algumas pesquisas de saúde masculina é o comprimento do pênis, e ninguém deu uma olhada sistemática nisso”, afirmou Eisenberg ao Blog Scope.
Eisenberg relata que a mudança ocorreu em um perÃodo curto, e que isso é motivo de preocupação. “Qualquer mudança geral no desenvolvimento é preocupante, porque nosso sistema reprodutivo é uma das peças mais importantes da biologia humana”, disse Eisenberg. “Se estamos vendo uma mudança tão rápida, significa que algo poderoso está acontecendo com nossos corpos. Devemos tentar confirmar esses achados e, se confirmados, devemos determinar a causa dessas alterações”, conclui.