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Drag queen na Casa Rosada: o filho do Presidente Fernandéz

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Alberto Fernández, presidente da Argentina, anunciou em 21/7/2021, uma nova versão do DNI, o documento nacional de identidade do país.

Agora, ele permite que cidadãos argentinos declarem o gênero com uma das três opções: feminino (F), masculino (M) ou não binário (X). As informações são do site do jornal El Clarín.

Drag queen na Casa Rosada: o filho do Presidente Fernandéz
Reprodução

O filho do Presidente – Uma drag queen na Casa Rosada

Estanislao Fernández, 24 anos, filho único de Alberto Fernández, usa o nome artístico de Dyhzy. Ele se define como drag queen, cosplayer e streamer.

Cosplay é um hobby que consiste na pessoa se fantasiar como seus personagens favoritos de desenhos animados, quadrinhos, séries.

Streamer é qualquer pessoa que realize o ato do streaming, ou seja, transmissão de conteúdo em alguma plataforma. No mundo dos jogos e esportes, é prática cada vez mais popular.

Fotos oficiais do evento de posse mostram o filho do presidente usando um lenço de bolso com as cores do arco-íris.

Ele postou um vídeo em sua conta do Instagram explicando que o lenço era uma bandeira dobrada. O vídeo foi replicado por seguidores nas mídias sociais.

O pai, que derrotou o presidente conservador Mauricio Macri, é um peronista liberal que incluiu em sua plataforma de governo apoio à comunidade LGBTQIA+.

Numa entrevista radiofônica declarou: “Eu me preocuparia se meu filho fosse um criminoso, mas ele é um grande homem”.

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A Argentina, desde longa data, reconhece os direitos LGBTQIA+ e, desde 2010, possui uma das melhores legislações do mundo sobre direitos trans.

Desde que foi anunciada a candidatura de Alberto Fernández forças conservadoras de toda a América Latina agrediram e ridicularizaram seu filho.

Eduardo Bolsonaro, o popular 03, patético filhote de Bolsonaro, postou um selfie segurando uma arma e comparando-se com uma foto de Estanislao vestido com uma fantasia de Pikachu comentou: “Este não é um meme”.

A resposta de Estanislao, que se identifica como bissexual e tem uma namorada há 3 anos foi publicada em português: “Irmãos brasileiros, estamos nessa luta juntos. Eu amo vocês.”

Marlene Dietrich – Musa, atriz, cantora

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Feita da cabeça aos pés para amar sem preconceito

“Sou feita da cabeça aos pés para amar” (Ich bin von Kopf bis Fuss auf Liebe eingestellt) é a primeira estrofe de “Lili Marleen”, canção que se tornou famosa entre os combatentes dos dois lados, durante a 2ª Guerra Mundial.

Era interpretada pela não menos famosa Marlene Dietrich, musa que estrelou o primeiro filme falado alemão, dona do rosto mais expressivo da época e do par de pernas mais lindas do cinema de todas as épocas.

De sua autobiografia “Marlene D” – cheia de proibições de reprodução e com a advertência de que não era dedicada a ninguém, escorrem mágoas e críticas ferinas. Em 1984, a obra foi publicada no Brasil pela Nórdica. Ali, Marlene Dietrich recorda sua infância aristocrática e detona praticamente toda Hollywood.

Salvos pelo gongo, Josef von Sternberg que a descobriu e que ela julgava ser o maior diretor de cinema que existiu e mais Jean Gabin, Ernest Hemingway (com quem teve um tórrido romance,mas há controvérsia), Erich Maria Remarque, Nöel Coward, Orson Welles, Billy Wilder, Burt Bacharach e Sir Alexander Fleming, o da penicilina, de quem ganhou amostra da primeira cultura da descoberta.

A beldade que fez mais de 500 apresentações na linha de frente da Segunda Guerra Mundial, foi atriz de “Julgamento em Nuremberg”, de Stanley Kramer, sobre dos crimes dos nazistas

Recusou um cheque em branco de Hitler quando tentava trazê-la de volta à Alemanha, em 1938.

Vendeu milhões de dólares em bônus pró forças aliadas, gostava de usar fraque e uniforme militar e seu túmulo em Berlim é agredido por neonazistas com pichações de traidora e prostituta.

Marlene Dietrich - Musa, atriz, cantora
Marlene Dietrich – Musa, atriz, cantora (Reprodução)

Militante desde sempre

Marie Magdalene “Marlene” Dietrich nasceu em 27 de dezembro de 1901, filha do oficial prussiano Louis Erich Otto Dietrich e de Wilhelmina Elisabeth Josephine Felsing.

Pisou o palco pela primeira vez aos 16 anos, vestida com roupas masculinas, transgredindo as normas vigentes desde cedo e tocando violino com talento, até uma tendinite interromper a carreira que mal começava. Foi a primeira mulher a usar calças publicamente, na década de 20

Matriculada numa escola de arte dramática, terminado o curso, estreia nas telas, em 1921.

Depois de muitas aparições no cinema mudo, estrelou o primeiro filme falado alemão Der Blaue Engel – “O Anjo Azul” (UFA – Universum Film Aktiengeselleschaft) lançado em 1º de abril de 1930 em Berlim dirigido por Josef von Sternberg e baseado no romance de Heinrich Mann, “Professor Unrat”.

Gloriosa em sua terra, casou-se com Rudolf Sieber, assistente de direção teatral com quem manteve uma relação aberta. O casal, que jamais se divorciou, teve uma única filha, Maria, nascida em 1924.

Marlene fez mais seis filmes com von Sternberg e, juntos, foram para os Estados Unidos.
Depois de rodar mais alguns longa-metragens dirigida por Sternberg, que permanece por perto como guru e chevalier servant, recebe a visita de um diplomata alemão, emissário de Hitler, com um convite para Marlene: protagonizar filmes pró-nazismo.

E, conta a lend, a proposta teria sido acompanhada de um cheque em branco. Marlene não só recusou o convite, o que foi interpretado como desrespeito ao Führer, como imediatamente naturalizou-se cidadã norte-americana (9 de junho de 1939) passando a ser considerada uma “vergonha ambulante e traidora da pátria alemã”.

Durante 1944/1945, realizou shows para as tropas americanas estacionadas na Europa. No front, cantava para distrair os soldados e compartilhava com eles toda espécie de desconforto físico, doenças e fome.

Terminada a Guerra, condecorada por bravura, começou a explorar a voz, além de atuar como atriz e apresentadora. Fez várias participações em rádio e foi figura pioneira em programas de televisão.

Em 1953, aconteceu o primeiro show solo em Las Vegas, como atração principal do Sahaar Hotel e foi homenageada com uma estrela na Calçada da Fama, no 6400 Hollywood Boulevard. Em 1958, foi indicada ao Globo de Ouro, na categoria de melhor atriz de cinema – drama, por Testemunha de Acusação (1957).

Em diversas turnês mundiais, visitou inúmeros países.

Esteve no Brasil em 1959, quando se apresentou no Golden Room do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. A convite do presidente Juscelino, foi conhecer uma Brasília ainda em fase de início de projeto.

Julgamento em Nuremberg, condenação em casa

Quando tentou voltar para a Alemanha, em 1962, Marlene Dietrich não foi bem aceita e chamada de traidora, ainda no aeroporto.

Talvez porque as feridas ainda estavam abertas e, no ano anterior, ela havia participado do elenco de “Julgamento em Nuremberg” – roteiro de Abby Mann e realização de Stanley Kramer – uma película sobre o holocausto, o nazismo e o processo realizado na cidade de Nuremberg, que chocou o mundo.

Marlene recolheu-se em seu apartamento parisiense e anunciou que escreveria suas memórias.
Em 1978, estrelou o último filme – “Apenas um Gigolô” – contracenando com David Bowie.

Sobre a morte em Paris, aos 91 anos, permanece a versão do suicídio: a não aceitação do envelhecimento, inconformismo com a devastação causada pelo Mal de Alzheimer teria provocado uma overdose de calmantes.

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A propósito da sempre apregoada vida amorosa de Dietrich, a jornalista americana Diana McLellan escreveu um livro apelativo com conteúdo mais bombástico ainda.
Em The Girls: Sappho Goes to Hollywood (As Garotas: Safo vai a Hollywood), a autora descreve o relacionamento lésbico, iniciado em 1925, entre Garbo e Marlene e diz que, depois, as duas passaram a negar que se conheciam.

Maximilian Schell lançou um documentário (1984) com participação da voz da atriz e imagens rastreadas em arquivos.

Em 2001, foi realizado um filme biográfico sobre Marlene, dirigido por seu neto Peter Riva com depoimentos, entre outros, da filha Maria Riva, da amiga Hildegard Knef, de Burt Bacharach e do filho de von Sternberg.

Encontra-se em produção, nos estúdios Dream Works, um filme sobre a vida da atriz, baseado no livro escrito pela filha Maria Riva, estrelado por Gwyneth Paltrow.

A atriz foi escolhida pelo neto Peter, porque “ela -Gwyneth –tem ar aristocrático, porque pode ser profunda sem excesso de emoção e, naturalmente, Gwyneth é melhor cantora”.

Que fofo.

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No Brasil, em 1959

“Luar do Sertão”

Marlene canta “Lili Marleen” 1945

Quem são os participantes LGBT+ do BBB22?

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Quem são os participantes LGBT+ do BBB22?

Aos 30 anos, Brunna Gonçalves é bailarina, influenciadora digital, e tem milhões de seguidores nas redes sociais. Atualmente, também é conhecida por ser a esposa de Ludmilla, status que, segundo ela, “morre de orgulho”. Ela foi a 5ª eliminada do BBB22, recebendo cerca de 76,18% dos votos e, após a eliminação, chegou a declarar durante uma conversa ao “Prazer Feminino” que não se vê mais fazendo sexo com homens.

Um dos ícones da comunidade LGBTQIA+ no Brasil, a Linn da Quebrada diz que quer viver o reality show “ao máximo”: “Experiência mais icônica”. Aos 31 anos, ela se define como artista multimídia: “Agitadora cultural, cantora, atriz, apresentadora e mais umas coisinhas”. Ela é a segunda pessoa trans na história do programa, depois de Ariadna em BBB11.

Quem são os participantes LGBT+ do BBB22?

O ator e bailarino Luciano, de 28 anos, se identifica como bissexual. Filho de mãe solteira e caçula de três irmãos, o ator e dançarino diz ser bem próximo da família, mas não tem muito contato com outra irmã, criada pela madrinha. Seu maior sonho é se tornar uma pessoa famosa. Foi o primeiro eliminado do BBB22, com 49,31% dos votos.

Conhecido não só pelo seu trabalho como artista, mas também por ser neto do Silvio Santos, Tiago Abranavel nunca passou necessidades e reconhece uma vida com muitos privilégios. Ele desistiu do BBB no dia 27 de fevereiro de 2022 e, ao se justificar, disse “já deu para mim”.

Estudante de Direito e natural de Crato, no Ceará, Vinícius tem 23 anos e sempre buscou refúgio no humor para encarar a dura vida no Cariri, ainda mais sendo uma pessoa LGBT. Durante o BBB22, gerou polêmica pela sua relação com Eliezer, um homem hétero, sendo que o público acreditou que ele estava apaixonado, algo que Vyni negou. Foi o oitavo eliminado do programa com 55,87% dos votos.

Quem são os participantes LGBT+ do BBB22?

Revelando ser bissexual dentro do programa, Maria estava conversando com Eslovênia e questionou a ela. “Não tem mulher que pega mulher nessa casa não, gente? Só tem eu?”. Sendo atriz e cantora, Maria tem 21 anos, mas seu nome verdadeiro é Vitória. Ela foi desclassificada do BBB22 após descumprir uma das regras do reality e agredir com um balde a participante Natália durante o “jogo da discórdia”.

A cabo trans Allanis Costa volta a seu cargo na Marinha

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A cabo Allanis Costa foi afastada da Marinha, depois de, com coragem e coerência, ter informado a seus superiores sobre a transição de gênero.

Imediatamente, entrou em licença médica, que foi sendo renovada durante seis anos, apesar de se encontrar em perfeita forma física.

Na ativa desde 2010, foi promovida a cabo em 2015 e continuou a usar uniforme e nome masculinos.

A cabo trans Allanis Costa volta a seu cargo na Marinha
A cabo trans Allanis Costa volta a seu cargo na Marinha – Reprodução

Ela não pode ser entrevistada por ser militar, mas sua advogada afirmou, em conversa com o site G1:

“A Marinha colocou Allanis de licença e seguiu renovando. Quando chegou a dois anos sem ter alta, foi reformada por pura discriminação, sem que tivesse doença nenhuma. Alegaram doença mental, mas ser transexual não é considerado ter doença mental. Houve ilegalidade tanto em colocá-la de licença, quanto na reforma”.

A decisão da juíza Ana Carolina de Carvalho, da 1a Vara Federal de Magé – RJ, a reintegra ao serviço ativo como Operadora de Sonar, com os devidos reajustes financeiros, torna obrigatório o uso do nome social, concede dispensa do corte de cabelo e permite o uso de maquiagem.

Allanis está apta para participar do próximo exame de admissão ao Curso de Formação de Sargentos.

Um desrespeito da decisão e descumprimento do devido prazo de dez dias tem multa diária de 5 mi reais.